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Convivência deixa legado vitalício, diz sobrinho de Ayrton Senna
BRUNO SENNA
ESPECIAL PARA A FOLHA
Minha convivência com Ayrton não foi muito longa -eu tinha dez anos quando ele morreu, em 1994. Em compensação, foi bastante intensa.
Minhas melhores recordações do tio Beco -era assim
que eu o chamava- são as férias de verão em Angra dos Reis
(RJ) e os finais de semana na fazenda do meu avô em Tatuí
(SP), onde a gente se divertia
muito andando de kart.
Acho que é desses períodos
que ficaram alguns legados importantes do Ayrton. Ele sabia
muito bem como um ambiente
familiar estruturado foi fundamental para a formação de seu
caráter e de sua personalidade.
Ayrton gostava demais da
nossa companhia e fazia questão de nossa presença. Ele deixou em mim essa forte ligação
familiar. Minha mãe e minhas
irmãs estão sempre comigo.
Meu tio começou a correr incentivado pelo meu avô Milton
-e comigo também foi assim. É
provável que eu tivesse escolhido viver das corridas mesmo se
Ayrton não fosse piloto, mas é
claro que essa influência pesou.
Fora das pistas, a memória
dele estará para sempre gravada também pelas obras sociais
do Instituto Ayrton Senna.
Bruno Senna, 26, é piloto de automobilismo
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