São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 2002

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02 NEURÔNIO

A tecnologia e o amor (para o bem)

JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO

COLUNISTAS DA FOLHA

A gente já gastou muito espaço deste jornal falando mal e bem da tecnologia. De como o bina atrapalhava a nossa vida. De como odiávamos gravações pré-programadas. De como adorávamos mandar um e-mail de amor. Neste novo século, a cupidagem é high-tech. Para falar em bom "modernês", utiliza vários "suportes, mídias e ferramentas". (Viu como falamos difícil?!).
Nós amamos os homens (e as mulheres) que inventam essas coisas incríveis. Mesmo que a gente não saiba ainda programar o vídeo. (E pior: mesmo que a gente ainda não tenha sucumbido ao DVD!)

MP3
A declaração de amor musical agora pode ser via rede. Em vez de uma obsoleta fitinha, você pode mandar para o pretê um e-mail com uma musiquinha anexada. Também adoramos receber músicas, é um presente que não custa nada, por isso você pode mandar à vontade. Não vai ficar arrependida se o cara se revelar um babaca. Afinal, você pode dizer que manda MP3 até para os passantes. E você ainda passa por pessoa moderna, entendida em tecnologia. (Se bem que, no fundo, ainda amamos a fitinha!)

Modo reunião
É uma coisa abençoada que existe nos celulares. Ele fica desligado (quer dizer, não toca em cinemas ou reuniões propriamente ditas), mas o número de quem te ligou fica registradinho! Aí você não fica noiada achando que uma reunião mala vai destruir um belo romance. Pena que não saibamos programar nem aquela mensagem dizendo o nosso nome na caixa postal.

O pretê de e-mail
Essa categoria de homens faz um bem danado às nossas vidinhas. E eles não existiriam se o e-mail não tivesse sido inventado. É aquele sujeito com quem você não tem absolutamente nada, mas troca palavras doces e desabafos quase diários. O bom é que a gente pode ter vários pretês de e-mail. Um não sabe do outro e a gente nem fica culpada... E a gente pode se sentir como a Meg naquele filme com o Tom. (É a Ryan e o Hanks, é que achamos que eles são nossos amigos íntimos).

Viva-voz
Quando aquele pretê blasé ligar, você pode atender no viva-voz e deixar o som meio alto, com um CD ótimo. E pedir a seus amigos que soltem umas gargalhadas simulando uma festa. Quando ele perguntar quem está na sua casa, responda apenas "uma turma". E depois solte uma gargalhada, para ele deixar de ser blasé.

P.S.:
Pouco antes de fecharmos esta coluna, recebemos a notícia horrível de que um brasileiro, nos EUA, é acusado de assassinar uma garota de 13 anos que ele conheceu na internet. E por que estamos dizendo isso? Porque não correr riscos é tão fundamental quanto beber capuccino!

Obs.:
Sobre a polêmica da feiúra de Joey Ramone: sim, ele é incrível. Mas, sim, ele é medonho. E uma de nós disse que se casaria com ele assim mesmo.


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