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MÚSICA
SNZ volta com pop meloso
Gringos escrevem metade das músicas do novo CD do trio composto pelas filhas de Baby do Brazil
GUILHERME WERNECK
DA REPORTAGEM LOCAL
Gostando ou não, pode preparar seus ouvidos porque elas estão de volta. Mais pop do que nunca, Sarah Sheeva, 28, Zabelê, 26, e Nãna Shara, 24 -as filhas
de Baby do Brasil e Pepeu Gomes que formam o
SNZ- chegam ao segundo disco, usando músicas de
autores de hits de Jennifer Lopez e Christina Aguilera.
Das 12 faixas do novo disco, "Sarahnãnazabelê",
metade é de versões "inéditas" de músicas gringas. Segundo o trio, não se trata de uma jogada da gravadora
para deixá-las ainda mais parecidas com as Spice
Girls. Mas que parece, parece.
Segundo as meninas do SNZ, a autenticidade está no
DNA delas e ninguém controla o repertório do trio.
"Tínhamos um monte de composições próprias, mas
recebemos várias músicas da Warner e gostamos de
algumas, que têm a ver com o que curtimos agora",
explicam. "Ao receber essas músicas, a gente se sentiu
desafiada a fazer um trabalho com uma qualidade internacional, mas com o suingue brasileiro."
O toque do SNZ para tornar as faixas mais brasileiras aparece nas letras. "Tivemos de fazer adaptações
porque as letras lá de fora são muito bobinhas. Nossas
letras têm de passar uma mensagem. Se for uma história, precisa ter começo, meio e fim."
Mesmo com essas mudanças, não espere poesia
nem nada de muito inovador. A maior parte das letras
fica mesmo num romantismo fácil, ainda que as meninas digam que algumas delas são "moderninhas".
Todo esse amor gruda nos ouvidos com o primeiro
rebento do novo CD, que já pode ser ouvido à exaustão nas rádios e na TV. Em parceria com o menino
meloso Richard Lugo, o SNZ recauchutou a balada
"Nothing"s Gonna Change My Love For You", gravada anteriormente por George Benson. "Com essa música, a gente conseguiu mostrar que o SNZ também faz
baladas, além de hip hop, dance e rap."
Com o lançamento do novo disco, o SNZ quer
preencher com suas vozes indistinguíveis um espaço
na música brasileira que ainda estava vago.
"Não tem grupo pop no Brasil, e é bom ter um", dizem. "Música brasileira não precisa ser só de pagode,
axé e funk."
Visual para emplacar elas têm. Todas coloridas, com
bocões que certamente fazem inveja a Mick Jagger e
Steven Tyler, elas são as próprias bonequinhas de desenho animado do encarte do disco, mas não assumem que o look tenha sido escolhido para vender
banda.
"As pessoas acham que é marketing, mas a gente é
assim, quase como uma animação", confessam. "Desde que éramos pequenas já gostavamos de estojo de
maquiagem, de perucas, temos um instinto natural
para gostar dessas coisas, isso também está no nosso
DNA."
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