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São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2003

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BALÃO

Scanner, papel, tesoura

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Parem os scanners! O bicho pegou. Nos últimos meses, a comunidade on-line de fãs de HQs pôde se deliciar com versões scaneadas de clássicos dos quadrinhos que há muito não dão as caras nas bancas: "Watchmen", de Allan Moore, "Guerras Secretas", da Marvel, "Cavaleiro das Trevas", da DC...
Dois blogs em especial, o Rapadura Açucarada e o Immateria, dividiam-se na tarefa de digitalizar e, se necessário, traduzir cada página das revistas e disponibilizá-las de graça na rede.
"Por amor à causa", diziam uns. "Por falta do que fazer", afirmavam outros. "Para "emprestar" para os amigos", insistiam ambos. Só que as editoras, donas da bola, não compraram.
Responsável pela publicação de boa parte do material da Marvel e da DC Comics no Brasil, o editor da Mythos/Panini resolveu encrespar. Mandou um e-mail para o provedor de acesso que hospedava as HQs scaneadas e cravou: o endereço tal e tal "está disponibilizando material PIRATA". E fim de papo.
Fim? Talvez não. O imbróglio todo é só o começo -para as editoras de HQs- de um problema que tomou de assalto a indústria cultural nos últimos anos e parece não ter data para desaparecer. O Napster foi fechado? Foi. Acabou a troca de MP3 na internet? Não. Por mais se teste remédios, não dá mais para esconder: caiu na rede é peixe.
A considerar.


@ - balao@folha.com.br


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