Misturando letras em portunhol com rock, surf e disco music, o Los Pirata lança seu segundo disco

DA REPORTAGEM LOCAL

D epois de abalar a cena indie e de chamar a atenção de gravadoras, o trio Los Pirata chega ao segundo disco fiel à onda "neo-punque" que o consagrou.
"A gente faz tudo: grava, mixa, compõe, masteriza, faz a capa. O punque de "En Una Onda Neo-Punque" (nome do primeiro disco) não é o som, é esse esquema "do it yourself". A gente não tem compromisso, vai fazendo até ficar pronto, por pura falta de pressão", diz o baixista Sérgio Vilaça, o Jesus Sanches.
Por isso, foram necessários três anos entre o primeiro e o segundo CD, "La Re-Vuelta", lançado agora. "Apareceram oportunidades [de fechar contrato com gravadora] no meio do caminho. A gente gostaria de trabalhar numa estrutura maior, mas teria que ser artisticamente respeitado, o que é praticamente impossível. Então preferimos fazer sozinhos."
Com a ajuda da internet, eles querem agora conquistar os países de língua hispânica. "A gente se relaciona com muita gente lá fora, mas ainda não cansamos de ser sexies. Se nos acharem, ok, não temos nada contra", brinca.
Mantendo o portunhol e o deboche afiados, o grupo homenageia Jimi Hendrix com duas versões de "Fire", Beatles ("Blackbird") e até a política brasileira, na faixa "República de los Bananas".
(LETICIA DE CASTRO)


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