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O rock está um ano à frente em Olinda
THALES DE MENEZES
enviado especial a Olinda (PE)
O Abril Pro Rock é mesmo o
maior festival do país. Gostem ou
não, cada edição do evento é a vitrine do que vai rolar no rock brasileiro nos 12 meses seguintes.
O festival divulga, principalmente, a cena pernambucana, mistura
de rock com maracatu que ganhou
o rótulo mangue beat e revelou,
entre outros, Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A.
Este ano, o evento foi permeado
por homenagens a Science, morto
num acidente de carro em janeiro.
No encerramento, o ex-Sepultura
Max Cavalera cantou com a Nação
Zumbi, relembrando Science.
Hoje, uma semana depois do festival, a emoção da catarse Max/Nação já passou, o calor insuportável
de Olinda foi deixado para trás e o
cansaço da maratona de 33 shows
em três noites está recuperado.
Assim, dá para analisar o que cada banda rendeu (veja quadro ao
lado) e arriscar previsões. Lá vai:
a) o Abril Pro Rock melhora a cada ano e ainda tem mais a crescer;
b) Pernambuco continua gerando bandas sem parar, mas poucas
conseguem superar a simples cópia de Science e Mundo Livre;
c) o hardcore Devotos do Ódio
vai emplacar nacionalmente;
d) pelo assédio em cima de Dado
Villa-Lobos, os discos póstumos
do Legião vão vender horrores;
e) o rock não vai morrer.
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