CAIU A CASA do general Stanley McChrystal, comandante americano no Afeganistão. Ele rodou por causa de uma entrevista boca-mole para uma revista que foi grande símbolo da contracultura e do rock and roll, e até hoje faz seus estragos: a "Rolling Stone".
Obama mandou McChrystal passear antes mesmo de a edição sair. O "New York Times" conseguiu uma cópia, e daí a própria "Rolling Stone" liberou a reportagem no site.
Entre outras belezuras, a "RS" mostra McChrystal e assessores tirando sarro de Obama, da equipe dele e dos países aliados.
Um jantar de McChrystal com um ministro francês foi descrito por um secretário do militar como "fucking gay" ("bichice do cacete").
McChrystal e seus "brothers" se veem como os milicos durões, que metem a mão na massa, cercados por civis afrescalhados.
Pergunta: por que McChrystal, 57, macaco velho, falou tanta bobagem?
Os mais céticos dizem que McChrystal sentiu que a batalha no Afeganistão é invencível, e usou a entrevista para escapar bonito da roubada em que se meteu.
Mas existe uma outra tese, mais azeda. A confusão teria rolado, dizem alguns, porque o texto da "Rolling Stone" foi feito por um "frila", Michael Hastings, e não por um repórter setorista das Forças Armadas.
Por essa teoria, setoristas tendem a aliviar para suas fontes, porque sempre precisam delas. Já um "frila", que está ganhando só por aquela reportagem, nem esquenta: vai lá e queima o filme, já que nunca mais vai precisar daquela fonte.
Desculpe pelo tema de hoje. Sei que está rolando a Copa. Mas sem Itália e França, e com vários outros times grandes aos tropeços, achei o Afeganistão mais interessante. E você?