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São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2003

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Não basta ser animado, tem de participar

Se existem exceções, os programas que estão mais próximos disso são o "Altas Horas" e o "Gordo a Go Go". No primeiro, o auditório é bem mais exigido, pois eles interagem diretamente com as atrações no ar (não apenas nos intervalos, quando vira uma festa de fotos e de autógrafos). Mariana Lombardi, 17, diz que vai aos programas principalmente por causa dos números musicais, mas, quando é um artista de quem gosta muito, passa por cima da vergonha e faz perguntas. "Lembro que fui ao "Programa Livre" [SBT] e a atração era o Five, aí eu fiz uma pergunta", diz ela.
No programa apresentado por João Gordo, a platéia é bem mais direcionada e vai principalmente para ver as atrações musicais. "Vim só por causa dos Blind Pigs, mas não iria a outro programa. A TV brasileira às vezes não tem os programas que a gente quer. Eu queria mais programas com bandas independentes", desabafa Alex Braga, 17.
"O lance da platéia é prestigiar a banda que eles vêm ver. Mas eu não interajo com eles. Não estou nem aí se tem platéia ou não", afirma João Gordo. Já sua colega Adriane Galisteu acha exatamente o oposto. "Preciso da energia que a platéia passa, porque, se eles estão desanimados, o programa também fica", diz.
O apresentador Sergio Groisman calcula que mais de 600 mil pessoas já passaram pelas arquibancadas de seus programas e reconhece que, de um modo geral, as platéias são só meros acessórios. "Eu trabalho para que eles não esperem muito e há uma preocupação para selecionar quem pode vir de novo", conta.
Agora é só escolher quem merece seu aplauso. (RL E GW)


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