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Não basta ser animado, tem de participar
Se existem exceções, os programas que estão mais próximos disso são o "Altas Horas" e o "Gordo a Go Go". No primeiro, o
auditório é bem mais exigido, pois eles interagem diretamente com as atrações no ar
(não apenas nos intervalos, quando vira
uma festa de fotos e de autógrafos). Mariana Lombardi, 17, diz que vai aos programas
principalmente por causa dos números
musicais, mas, quando é um artista de
quem gosta muito, passa por cima da vergonha e faz perguntas. "Lembro que fui ao
"Programa Livre" [SBT] e a atração era o Five, aí eu fiz uma pergunta", diz ela.
No programa apresentado por João Gordo, a platéia é bem mais direcionada e vai
principalmente para ver as atrações musicais. "Vim só por causa dos Blind Pigs, mas
não iria a outro programa. A TV brasileira
às vezes não tem os programas que a gente
quer. Eu queria mais programas com bandas independentes", desabafa Alex Braga, 17.
"O lance da platéia é prestigiar a banda que eles vêm
ver. Mas eu não interajo
com eles. Não estou nem aí
se tem platéia ou não", afirma João Gordo. Já sua colega Adriane Galisteu acha
exatamente o oposto. "Preciso da energia que a platéia
passa, porque, se eles estão
desanimados, o programa
também fica", diz.
O apresentador Sergio
Groisman calcula que mais
de 600 mil pessoas já passaram pelas arquibancadas de seus programas e reconhece que, de um modo geral, as
platéias são só meros acessórios. "Eu trabalho para que eles não esperem muito e há
uma preocupação para selecionar quem
pode vir de novo", conta.
Agora é só escolher quem merece seu
aplauso.
(RL E GW)
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