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São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2003

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Balão

Da arte de produzir quadrinhos nonsense

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Confesso: nunca entendi lhufas das HQs do Fábio Zimbres. Nem tantos anos atrás, quando gastava todo o meu dinheiro -está bom, a mesada paga pelo meu pai!- em quadrinhos importados da Marvel e da linha Vertigo, o cara publicava uma tirinha bem das esquisitas nesta mesma Folha. Era sobre um cachorro, maldesenhado para burro, que ficava sentado em frente a um copo vazio de birita, filosofando coisas que, na época, eu não via graça nenhuma.
Mas Zimbres "era importante", foi editor da lendária "Animal", arrumou problemas com uma gauchada careta quando embarcou na polêmica -e sacana- "Dundun", e, principalmente, ajudou a idealizar o projeto Mini-Tonto, que publicou em edições pequenininhas alguns dos maiores quadrinistas nacionais da safra mais recente... E?
Semana passada, quando recebi a nova edição da recomendadíssima revista "Ragú", antologia de HQs heroicamente editada no Recife (pede aí: revistara gu@zipmail.com.br), alguma coisa aconteceu. Zimbres estava lá, com a estrambólica "Primal e Tauba no Petróleo", de diálogos completamente non-sense e arte idem, e com "FOAM - O Choque Entre a Grande Missão e a Vida Cotidiana", colaboração com o pouco convencional Jaca. Senhores, duas obras-primas. Das histórias, continuei não entendendo nada, é verdade. Mas sigo tentando e recomendo.

balao@folha.com.br


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