São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

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COMPORTAMENTO

Temporada de paixões

As férias de verão costumam ser época de grandes amores; alguns sobem a serra, outros morrem na praia

Leticia Moreira/Folha Imagem
Jaqueline, 16; seu namoro praiano se foi, mas as boas lembranças ficaram

TARSO ARAUJO
DA REPORTAGEM LOCAL

Férias de verão. Calor, praia, piscina, e a única obrigação é aproveitar o tempo livre.
Para a temporada ficar perfeita, só falta mesmo uma boa história de amor. E olha que a estação costuma ajudar.
Jaqueline Damaschi, 16, de Ilhabela (SP), já tem pelo menos um verão inesquecível em sua biografia, o de 2009.
"Dia 2 de janeiro, um menino que eu conhecia da escola me chamou para sair. Aí, no meio da noite, ele me beijou. Depois, fomos para uma praia, estava uma noite linda, o céu estrelado. Em menos de uma semana, ele me pediu em namoro."
O romance não passou do Carnaval, final simbólico da estação. Mas ela nunca mais vai esquecer da curta temporada. "Foi meu primeiro em tudo."
Silmário Britto, 14, de Teresina, entrou no verão passado meio cabisbaixo com o fim de um namoro.
"Aí apareceu uma menina. Eu pensando na minha ex e ela me fazendo gostar dela", diz. Os dois foram ao shopping e, depois, para a beira de um rio.
"A gente ficou muito tempo lá, olhando pro rio, ficando... Foram minhas primeiras experiências eróticas."

Nascer e morrer na praia
Para César Alves, 21, de Goiânia, nem foi preciso esperar dezembro. O encontro rolou em Florianópolis, durante uma viagem para jogos universitários em... outubro. Ué, mas isso ainda é primavera!
"As estações no Brasil não são tão definidas. E, para mim, tudo era verão", diz.
Passados os dias de praia, o romance de César teve que enfrentar um problema comum a muitos casos de verão: a volta para casa e a distância.
"Mantemos contato por MSN e agora espero voltar lá em janeiro", diz.
Para minimizar sofrimentos, há quem se prepare desde cedo para evitar decepções, como Danielle Limão, 17. Em janeiro passado, ela namorou durante 12 dias, contadinhos, um menino que estava no mesmo hotel que sua família, em Salvador.
"Foi um sonho. Cada praia mais bonita do que a outra e um gatinho me acompanhando."
Mas, morando em São Paulo, ela achou que seria complicado engatar namoro com um menino de Guarulhos. E não deixou a coisa esquentar muito.
"Sabia que só ia durar ali, e eu não queria me machucar."

Subindo...
Mas há quem se arrisque.
No verão de 2006, Gregório Pepeliascov, 17, apaixonou-se numa viagem de formatura, na piscina de uma pousada em Goiânia. "Foi um momento bom. Estávamos felizes e por sorte nos encontramos", diz.
Ele é de Santo André (SP), ela era de São José dos Campos (SP) -120 km de distância.
Mesmo assim, os dois engataram um namoro que durou um ano e sete meses -até janeiro passado-, à base de visitas de fim de semana.
Gregório guarda até hoje as passagens que comprou para ir ver o amor de verão.
Mas a história de amor que subiu a serra literalmente foi a de Dayane Roversi, 23.
Em janeiro, no último dia da viagem de Réveillon para Florianópolis, ela conversou por meia hora, em um camping, com Rodrigo Tortato, 29. E voltou para Indaiatuba (SP).
Os dois nem tinham ficado, mas, graças ao MSN -santo casamenteiro dos dias de hoje-, mantiveram contato.
"Eu não conseguia esquecer aquele momento", diz Dayane.
Na Páscoa, enfim, ele veio da praia ao seu encontro. E não desceu mais a serra: um mês depois, estavam casados.
"Minha mãe falava que eu estava doida, mas eu tinha certeza de que era ele", diz Dayane. Na semana que vem, ela comemora um ano de seu bem-sucedido amor de verão.


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