"Descobrimos o 3º setor"
"A respeito da matéria do dia 15/3, informo que também descobrimos o terceiro setor: somos um grupo de jovens que fundou o Cepps (Centro de Estudos e Pesquisas em Políticas Sociais e Qualidade de Vida) e estamos mantendo várias atividades em Suzano (SP), tais como: 1) pesquisa num bairro local para traçar o seu perfil socioeconômico e a viabilidade de implantação de projetos sociais; 2) solicitação ao Executivo local para participar do Conselho de Merenda Escolar; 3) desenvolvimento de Programas de Renda Mínima e Segurança Alimentar. No nosso site há um espaço chamado Tribuna Livre, aberto à participação dos leitores para divulgar artigos e opiniões (http://www.terravista.pt/ Copacabana/ 2240)." Jaimison Alves dos Santos, 23, secretário (Suzano, SP)

Atenção, fãs
"Quem curte Inocentes, Sociedade Armada, Damned, Extreme Noise Terror, Exploited, Sick of it All etc., me escreva. Boyzinhos, não." Tiago Gonçalves (r. Marquês de Itu, 382, apto. 61, CEP 01223-000, São Paulo, SP)

Falem do mal do século
"Gostaria que fizessem uma entrevista com os líderes estudantis, aqueles que fazem e não aparecem, como os presidentes de Umes, grêmios e diretórios acadêmicos, pessoas que fazem para o próximo e às vezes se esquecem de si mesmas. Gostaria também que dessem destaque à depressão, à crise existencial, que serão, sem dúvida, o mal do século 21." Orlando Govoni Filho, 17, ex-presidente de grêmio (via e-mail)

MTV, filial do Gugu
"Tenho acompanhado essa celeuma que se instalou sobre a "nova MTV". O centro dessa questão toda não é a programação em si, mas o conceito que a TV quer ter. Você pode querer ser o "Cartão Verde", mas existe gente que adora ser o "Mesa Redonda". Você pode querer primar pela qualidade ou pela audiência. Não existe espaço para ambos. É uma questão de ideologia. A MTV resolveu pegar a ideologia, guardar numa caixinha e enfiar no fundo do guarda-roupa. Vários episódios que culminaram com a saída do Gastão e do Rodrigo mostravam a cara que a MTV queria ter: de pastel. Quadrada, sem recheio e com muito óleo escorrendo. Paciência. Sai perdendo quem via na MTV uma forma de atualização musical jamais vista antes. Ela passa a ser uma filial do Faustão e do Gugu. Uma pena." Cesar Grafietti (São Paulo, SP)

Prodigy só em SP
"Gostaria de saber deste tão conceituado jornal mais informações sobre o show que o grupo inglês Prodigy fará em São Paulo em maio! Sou de Salvador e gostaria de participar do evento, mas não sei dos detalhes. Onde será e quanto custará o show?" Fábio Góes (via e-mail) resposta O show será no dia 15/5, no Sambódromo. Os ingressos serão vendidos em abril, mas o preço não está definido. Confira as novidades no www.closeup.com.br.

"Unam-se a mim!"
"A reportagem sobre o oposto do sexo masculino (ed. de 8/3) é apenas um destaque. Nada importante para as brasileiras, tão desgastadas com a sua imagem sexual no mundo. Devemos pensar: somos apenas dois seres vivos neste planeta, capazes de raciocinar e viver juntos. Ainda assim, em vez de nos unir, somos postos uns contra os outros. Luto porque não aguento e não quero ouvir besteiras vulgares, ser tocada, encostada indesejavelmente ou até mesmo estuprada. Hoje em dia, na noite de São Paulo, onde quer que vá, numa balada de Itaim a Pinheiros, a mulher é alvo de tudo isso. Eles vão encostando em bando (onde ganham força) e falam as baixarias que querem. E o respeito, fica onde? Se a Carla Perez, Tiazinha e cia. querem esfregar a bunda na tela, eu e a maioria nada temos a ver com isso! Não dá para generalizar, "se uma faz, todas fazem". Mulher só pensa em dinheiro? Não! Talvez aquela coitada que não teve educação... Mas, antes de ser mulher ou homem, cada um é cada um. Vamos parar com essas baboseiras de uma vez por ano parabenizar a mulher. Todo dia é dia dela, assim como do homem. Fala-se muito, pouco se faz para acabar com esse descaramento que afeta várias brasileiras. Unam-se a mim, garotas! Antes de amar aquele menino, ame a si mesma." Marina Brasa Medici (São Paulo, SP)

O melhor de Purple
"Confesso que já leio este caderno há algum tempo e considero a participação do leitor fundamental para o sucesso e ibope do jornal. Gostaria de registrar o meu protesto aos "Top 5" dos discos do Deep Purple (ed. de 15/3). O disco "Live in London" é excelente. Coverdale e Hugues são ótimos vocais, mas, juntos e cantando tudo o que sabem, ficam longe do Ian Gillan. Para quem conhece o trabalho do Purple, sabe que "Made in Japan" (1972) é o melhor ao vivo deles." Adilson Mansho, 23 (São Paulo, SP)

Diversão e anarquia
"Com a vinda do Bad Religion ao Brasil, tinha esperança de a Folha lançar algumas notas sobre punk rock. Pois bem! Tenho roubado a Folha todos os dias na escola. E, então, boom! Uma supermatéria para uma superbanda, o Nirvana. E, incrível, alguém que entende do assunto, André Barcinski. Nas notas, nenhuma asneira sobre punk rock (coisa difícil de acontecer). Mas, então, hoje (15/3) abro o jornal, e há uma foto com três "punks" com os dizeres: "Atitude punk no Olympia". E um mané que não entende nada sobre punk disse: "Calça jeans é humildade, alfinete é contra o aborto, cadarço branco é contra o racismo, e moicano é por causa dos índios" e mais idiotices. Vou contar uma coisa sobre o verdadeiro punk, a calça é para durar cem anos, por isso tem de ser jeans, resistente. Sobre o cadarço branco, algum punk deve ter tido o cadarço original comido por seu cachorro e, sem saco para comprar outro, ter roubado o cadarço branco da conguinha do seu irmão. E, quanto a moicano, só digo uma coisa: os pais do punk rock, Os Ramones, não usavam moicano, isso só foi para chamar a atenção na década de 70. Enfim são esses trouxas que acabam com o punk rock, boysinhos querendo ser rasgados. Punk é nada mais nada menos que diversão, anarquia e cerveja. Há há gtabba tabba hey." Erico José Decome dos Reis (Socorro, SP)

Dez anos sem Raulzito
"Espero uma super-reportagem sobre a vida do cantor e compositor Raul Seixas, um fenômeno da música brasileira para o qual infelizmente a imprensa brasileira não deu muito valor. Em agosto, fará dez anos que o velho Raulzito calou-se. Mas sua canção continua viva no coração de muita gente." Karine Bessegato (Panorama, SP)

Saber perder
"Infelizmente, este ano o canal Telecine não transmitiu a entrega do Oscar, e eu tive de aguentar, na Rede Globo, os terríveis comentários de Wilson Cunha e Renato Machado. Está certo, todo o país ansiava pela vitória de "Central do Brasil" e de Fernanda Montenegro (uma das melhores atrizes de todos os tempos). Mas não era necessário desprezar o fabuloso "A Vida é Bela" ou o fantástico Roberto Benigni. Os dois comentaristas ainda se acharam no direito de criticar o Oscar que Benigni ganhou por sua atuação. Esse tipo de pessoa precisa aprender a perder e apreciar bons filmes." Juliana S. Mattos (São Paulo, SP)

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