São Paulo, Segunda-feira, 29 de Março de 1999
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Tenha um bom dia com o Roxette

LEANDRO FORTINO
enviado especial a Estocolmo

Depois de vender 40 milhões de discos (mais de 1 milhão deles só no Brasil), a dupla sueca Roxette resolveu dar um tempo para cuidar da vida pessoal.
Agora, cinco anos e dois filhos depois (cada um teve um filho com seu respectivo par), Marie Fredriksson e Per Gessle estão de volta à ativa com um novo disco de músicas inéditas, "Have a Nice Day" (Tenha um bom dia), que promete agradar aos fãs brasileiros que não viam a hora de ouvir as canções novas da dupla (leia texto ao lado).
Em entrevista exclusiva concedida à Folha, na terra natal do Roxette, a Suécia, Per e Marie falaram sobre esse intervalo entre discos e sobre o selo Roxette Recordings, pelo qual lançam "Have a Nice Day".
Folha - O que vocês fizeram no intervalo de cinco anos sem um álbum de músicas inéditas?
Marie Fredriksson -
Ao final da turnê do álbum "Crash! Boom! Bang!", em 95, tínhamos trabalhado sem parar por sete anos. Precisávamos de um descanso. Tivemos filhos, tomamos conta de nossas famílias, Per lançou um álbum solo em sueco, lançamos um disco de "greatest hits" e também gravamos um disco em espanhol.
Per Gessle - Precisávamos recarregar as baterias.
Folha - Vocês levarão a turnê de "Have a Nice Day" ao Brasil?
Gessle -
Se houver uma turnê, certamente. Ainda não planejamos, mas estamos trabalhando nisso. Primeiro queremos ver a recepção do álbum.
Folha - Já que vocês fizeram um disco em espanhol e já que vocês têm tantos fãs no Brasil, há a possibilidade de um trabalho em português?
Fredriksson -
Nossa! Eu acho que não. É uma língua muito difícil de aprender e falar. O álbum em espanhol funcionou muito bem no Brasil. Então não precisamos fazer um disco em português.
Folha - O que faz as bandas suecas serem tão populares e bem-sucedidas no mundo todo?
Gessle -
É difícil dizer. Há muitas coisas que a Suécia tem que a Alemanha, por exemplo, não tem. Nós falamos inglês muito bem, coisa que eles não fazem na Alemanha, ou na Bélgica, ou na Itália. Quando você vem de um país muito pequeno, você tem de ser muito bom para provar a sua capacidade. Mas eu fico tão surpreso quanto você.
Folha - Como vocês dividem o trabalho?
Fredriksson -
Per faz a maioria das músicas. Estou envolvida musicalmente em apenas duas canções desse disco. Per escreve as letras e as músicas, e eu canto algumas delas.
Gessle - Isso só funciona porque nós nos conhecemos há muitos anos. Sei o que Marie vai odiar, o que ela nunca vai cantar e sei o que funcionará.
Folha - Vocês pretendem lançar outros artistas pelo Roxette Recordings?
Gessle -
Começou como um selo para lançar apenas os nossos álbuns. Mas quem sabe? Se acharmos alguém, por que não?
Folha - Vocês têm liberdade para isso?
Gessle -
Claro, por isso criamos o selo, para podermos cuidar de nossas próprias coisas.


O jornalista Leandro Fortino viajou a Estocolmo, na Suécia, a convite da gravadora EMI Music

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