O despertar dos zumbis

"Extermínio 2" decepciona por não ser a seqüência do primeiro

DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro filme, cujo título original é "28 Days Later", um jovem acorda de um coma "28 dias depois" de uma epidemia de um vírus mortal exterminar quase toda a população da Inglaterra.
O tal vírus (não se sabe de onde veio) transforma pessoas saudáveis em assassinos raivosos e ensandecidos e é transmitido pelo contato com sangue e pela mordida desses devoradores de humanos. Os poucos sobreviventes em Londres vivem a fugir de legiões de infectados. No final, sobram o jovem, sua parceira e uma garota.
A direção é de Danny Boyle, o criativo diretor de "Trainspotting" e de "Sunshine", que trouxe vida aos esquecidos e mal tratados filmes de zumbis, em cenas tensas e aterrorizantes.
Já em "Extermínio 2" ("28 Weeks Later"), era de esperar que veríamos o que aconteceu com o trio "28 semanas depois", quando os zumbis já teriam morrido de fome. Mas o que passamos a acompanhar é a vida de outros protagonistas: um pai e seu casal de filhos, sobreviventes de um ataque.
Eles e outros ingleses que conseguiram escapar voltam para repovoar Londres, ocupada pelo Exército e, em teoria, segura e já livre dos monstros.
Desta vez, Boyle só produziu. Passou a direção para o inexperiente espanhol Juan Carlos Fresnadillo, que não fez nada além de copiar as cenas já vistas no primeiro filme, como os ataques e os takes de Londres vazia, o que torna tudo previsível.
É claro que há brecha para uma seqüência, aparentemente em Paris. Mas melhor seria poupar a linda capital francesa e o público de mais um filme desnecessário. (LEANDRO FORTINO)

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