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SEXO & SAÚDE
Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br
Aids e preconceito
Amanhã se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Neste ano o tema é "Viver com Aids é
possível. Com preconceito não". A data marca
uma série de mobilizações, em todo o mundo, para alertar a população acerca da importância da prevenção, da
garantia de acesso ao diagnóstico e ao tratamento e do
combate ao preconceito. Para saber mais sobre o que vai
acontecer aqui no Brasil acesse o site do Ministério da
Saúde (www.todoscontraopreconceito.com.br ).
Números divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) na última semana revelam uma diminuição da ordem de 17% no número de novas infecções pelo vírus HIV nos últimos oito anos, na maior parte do
planeta. Mesmo assim, estima-se que mais de 33 milhões de pessoas vivam hoje com o vírus da Aids.
Do ponto de vista de novidades em termos de vacina,
as notícias em 2009 ainda não foram completamente
animadoras. Algumas pesquisas mostraram que uma
associação entre dois dos tipos de vacina que vêm sendo
testadas no momento pode oferecer uma proteção ainda bastante discreta. Não existe ainda, nem deve existir
no curto prazo, uma vacina disponível que garanta uma
grande eficácia.
Outra novidade é um estudo que começa a ser desenhado em múltiplos centros para checar se o uso de medicamentos preventivos poderia diminuir a chance de
contaminação pelo vírus HIV. Nesse caso, pessoas que
estão mais sujeitas a situações de risco tomariam remédio antiviral durante alguns meses para saber se os
eventuais benefícios de evitar uma infecção compensam os efeitos colaterais e os problemas de resistência
do vírus aos remédios. E mais: será que tomar remédios
não vai fazer as pessoas se cuidarem menos?
Para terminar, é bom se lembrar de que nos últimos
anos os jovens continuam a ser um grupo que gera atenção e preocupação das autoridades. Apesar de serem a
faixa da população mais bem informada e a que mais diz
usar camisinha, as garotas de 13 a 18 anos e os garotos
que fazem sexo com homens muitas vezes deixam a
proteção de lado e se expõem a uma série de riscos. Que
tal se cada um de nós, inspirado pelo tema deste ano, reforçar o compromisso do combate aos preconceitos e
dos cuidados com a própria saúde? Pense nisso!
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