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ESCRITAS
Planeje antes de fazer as dissertativas
Mesmo sem a resposta correta, é importante escrever o raciocínio para obter pontuação
Bruno Miranda/Folha Imagem
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Bruno Casalotti, que tenta uma vaga em ciências sociais |
FERNANDA NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O segredo para fazer uma boa
prova na segunda fase do vestibular da Fuvest é simples: planejar antes de escrever cada
resposta. Para isso é preciso organizar o pensamento e usar
bem o espaço para rascunho.
Isso porque os corretores da
banca são orientados a procurar uma forma de dar pelo menos alguma pontuação para a
resposta do candidato, desde
que exista um raciocínio lógico
e mesmo que o resultado não
seja o correto.
"Os corretores estão preparados para aceitar integralmente ou parcialmente uma
resposta", afirma o coordenador do vestibular da Fuvest,
Roberto Costa. Por isso sai ganhando quem consegue expressar melhor seu raciocínio.
"Tem que fazer um esqueleto
da resposta, pensar em quantas
frases vai colocar, para depois
escrever", explica Élio Mega,
coordenador do cursinho Etapa. O coordenador pedagógico
do curso e colégio Stockler,
Agostinho Marques Filho, diz o
mesmo. "É fundamental que o
examinador perceba o encadeamento lógico da resposta."
A segunda fase da Fuvest começa neste domingo. Serão
cinco dias de prova e cada aluno
faz apenas aquelas relacionadas à carreira escolhida. Quem
presta administração, por
exemplo, fará os testes de português, matemática, história e
geografia. Já quem tenta uma
vaga em engenharia civil faz só
português, matemática e física.
"São três horas para responder a dez questões. É tempo suficiente para planejar bem", diz
Mega. Nas questões de exatas,
por exemplo, é importante escrever cada etapa da resolução,
para que o examinador entenda
o raciocínio feito. "Se não deixar rastro do que pensou ou colocar de forma incompreensível, o corretor vai dar zero."
Já em questões de humanas,
como história e geografia, é
preciso ser bastante claro, direto e conciso. "Não precisa ser
um gênio das letras, mas tem
que saber ser coerente."
Rebecca Ortiz La Banca, 19,
que presta enfermagem, diz
que tem treinado muito os
exercícios escritos para fazer as
provas da segunda fase. "Prefiro provas dissertativas porque
posso mostrar melhor o que
sei", afirma. Para treinar a organização, ela faz de duas a três
redações por semana. Já Gustavo Kenji Tsuda, 19, que presta
marketing, diz que treina mais
exercícios do que redação.
Para os dias que antecedem
as provas, os professores sugerem que o estudante faça uma
boa revisão e foque nas matérias que têm mais domínio.
"Pegar conteúdos novos não
adianta", diz Marques.
O professor afirma ainda que
o ideal é não mudar a rotina.
"Se está acostumado a estudar
todo dia, tudo bem estudar na
véspera", afirma Mega. Na hora
da prova, o melhor é fazer as
questões mais simples antes e
depois as mais trabalhosas. "O
que é difícil é difícil para todo
mundo, então é melhor deixar
para o final", diz Marques.
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