São Paulo, quinta-feira, 03 de junho de 2004
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CAMPUS ZONA LESTE

Ciências da atividade física, por exemplo, oferecerá visão mais científica do esporte

Novos cursos terão foco diferente

Lalo de Almeida/Folha Imagem
Pedra fundamental indica local da construção da nova unidade da USP; segundo a instituição, primeiro prédio deve ficar pronto até o final deste ano; aulas começam em 2005


ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns dos dez cursos aprovados para o campus da USP na zona leste -como ciências da atividade física, sistemas de informação e lazer e turismo -podem parecer familiares, mas, segundo a universidade, a semelhança de nomes não significa que serão graduações iguais às já existentes.
O estatuto da USP proíbe que uma mesma cidade tenha dois cursos iguais, o que impediria, por exemplo, ter educação física no campus oeste e no leste.
A preferência pelo nome ciências da atividade física, entretanto, não é uma mera forma de contornar o estatuto, segundo Myriam Krasilchik, que faz parte da comissão de implantação do novo campus. "O curso da zona leste será mais voltado para a promoção da saúde do que para a competição. Será uma visão mais científica do esporte", disse ela.
Também lazer e turismo será diferente da graduação da ECA (Escola de Comunicações e Artes). "O curso dará ênfase a aspectos diferentes. Turismo é só uma das formas de lazer", afirmou.
Segundo Sonia Penin, pró-reitora de graduação, a própria concepção dos cursos será diferente. "Os cursos são respostas a mudanças na sociedade. O aumento do número de idosos fez com que houvesse uma demanda por atendimento especializado. O curso de gerontologia preparará o aluno nas mais diversas vertentes para atuar com esse público", disse.
Outra diferença dos cursos oferecidos no campus da zona leste será o ciclo básico. Dos 40 créditos que o aluno cursará no primeiro ano, apenas 16 serão matérias específicas das graduações. Os outros seis créditos serão de disciplinas comuns, como antropologia, ciência da natureza e psicologia.
Além disso, haverá uma disciplina chamada estudos diversificados, em que cada estudante poderá escolher uma área à qual se dedicar. "Queremos respeitar a individualidade. Se a pessoa possui deficiência em uma língua estrangeira ou se tem interesse em arte, ela poderá se aprimorar com o acompanhamento de um tutor", disse Krasilchik.
Na disciplina de resolução de problemas, os estudantes precisarão pesquisar assuntos complexos do cotidiano para explicá-los e tentar resolvê-los.


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