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Programas de empresas incentivam funcionários a estudar
DA REPORTAGEM LOCAL
O incentivo para começar um curso de graduação pode estar dentro das empresas. Segundo uma pesquisa do Datafolha, realizada em dezembro de 2001, 8%
dos trabalhadores brasileiros acima de 16 anos recebem algum benefício relacionado à educação.
Na Ticket, uma empresa de vale-refeição, 41 dos 800 funcionários recebem subsídio para estudar em um curso de graduação.
Segundo Fernando Viriato de
Medeiros, diretor de gestão de
pessoas da empresa, os funcionários têm acesso ao plano de benefícios pela intranet. Os interessados preenchem um formulário; o
gestor de recursos humanos avalia o pedido e o orçamento disponível e encaminha a decisão.
Há quatro anos, Ricardo Gama
Loureiro, supervisor-geral da empresa de seguros de saúde Amil,
recebe 80% da mensalidade da faculdade de direito que está cursando. Até 1994, ele cursava engenharia civil, mas, naquele ano, a
morte de seus pais o obrigou a
deixar o curso. "Fiquei abalado e
precisei entrar no mercado de trabalho." Em 1999, recebeu o benefício da empresa. "A ajuda foi essencial para a minha decisão de
voltar a estudar."
Mas, para o auxílio ser mantido,
a empresa cobra o bom desempenho de Loureiro. Todos os semestres, ele deve apresentar um relatório das atividades. A nota mínima exigida pela companhia é sete.
A Bridgestone-Firestone, produtora de pneus, por sua vez, fez
um acordo com uma universidade para que os horários dos cursos coincidissem com os horários livres dos turnos de trabalho.
Hora do sono
Quem pretende conciliar trabalho com estudo deve ficar atento
para a quantidade de horas de sono saudável para o organismo. "A
falta de sono pode provocar distúrbios digestivos, hipertensão,
mau humor, perda de atenção e
sonolência, entre outros", diz
Luiz Menna-Barreto, do Instituto
de Ciências Biomédicas da USP.
"Verificar quanto tempo se gasta dormindo durante as férias é a
melhor maneira de saber a quantidade de horas de sono necessárias para cada um", diz ele.
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