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FÍSICA
As várias cores que o céu possui
TARSO PAULO RODRIGUES
ESPECIAL PARA A FOLHA
Durante o dia, quando olhamos
o céu limpo, vemos uma bela
tonalidade de azul e, quando o Sol
atinge o poente, vemos tonalidades de laranja e vermelho. Por
quê? Newton demonstrou que a
luz solar pode ser decomposta em
várias cores: vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Segundo a teoria ondulatória da
luz, as cores são ondas eletromagnéticas formadas por um campo
elétrico e por um campo magnético que se propagam juntos de forma oscilatória no espaço e no
tempo. As cores se distinguem pela sua freqüência, ou seja, pela rapidez com que seus campos oscilam a cada segundo. O vermelho
possui uma freqüência menor e
um comprimento de onda maior
(fig. 1). O azul (fig. 2), tem freqüência maior, ou seja, aparece
"mais vezes" no mesmo intervalo
de tempo e tem comprimento de
onda menor que o vermelho.
Vivemos debaixo de uma camada de ar, que é composta de gases
(nitrogênio, oxigênio, monóxido
de carbono etc.), partículas de
poeira de variadas origens (poluentes, vulcões, fogueiras) e gotículas de água. As moléculas desses gases e das minúsculas partículas de poeira têm dimensões
próximas aos comprimentos de
onda da luz, o que provoca a sua
dispersão em todas as direções.
Quando atinge as camadas da
atmosfera terrestre, a luz solar se
"espalha" ou se dispersa, de acordo com a freqüência da onda da
radiação incidente. A dispersão é
proporcional à freqüência da cor
incidente, ou seja, a cor azul, que
tem alta freqüência, dispersa-se
com maior intensidade, fazendo o
céu adquirir as belas tonalidades
de azul. Ao entardecer, quando o
Sol se põe, a parte do firmamento
nas proximidades do Sol é vermelha ou alaranjada por ser também
iluminada com luz cuja longa travessia da atmosfera faz reduzir a
tonalidade azul.
As características dos gases e
das condições da atmosfera terrestre determinam ser a cor do
céu mais azul ou mais vermelha.
Se não houvesse atmosfera, não
haveria claridade diurna, o Sol seria um disco brilhante em fundo
negro e as estrelas seriam visíveis
durante o dia.
Tarso Paulo Rodrigues é professor e coordenador de física do Colégio Augusto Laranja
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