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GEOGRAFIA
Os domínios dos mares de morros e das pradarias
EDER MELGAR
ESPECIAL PARA A FOLHA
Terminamos nossa revisão das
paisagens naturais do Brasil relembrando as principais características relativas aos domínios dos
mares de morros e das pradarias.
O primeiro corresponde à área
mais densamente povoada do
país, que, conseqüentemente, é
também a mais intensamente
transformada pela ação antrópica. O processo de ocupação resultou no desmatamento quase total
da floresta tropical, também chamada de mata atlântica. Atualmente restam poucas manchas da
vegetação original, quase sempre
em áreas mais difíceis de serem
exploradas, como nas encostas
íngremes da serra do Mar, na região Sudeste.
Seu nome decorre da feição que
as formas do relevo conferem à
paisagem, com sucessivos morros
arredondados, também conhecidos como meias-laranjas, resultantes da erosão em terrenos cristalinos. O clima tropical, com
chuvas abundantes e concentradas no verão, contribui para que o
intemperismo seja muito intenso.
Isso ocasiona maior instabilidade
nas encostas, que, sem cobertura
vegetal, acabam registrando muitos deslizamentos, que, às vezes,
no caso de áreas habitadas, provocam grandes tragédias.
O domínio das pradarias, por
sua vez, possui baixa densidade
demográfica, entre outros fatores,
em razão de seu processo inicial
de ocupação ter sido marcado pela implantação da pecuária extensiva, uma atividade que utiliza
pouca mão-de-obra. Lembre que
essa atividade se adapta muito
bem à paisagem com vegetação
herbácea (os campos) e ao relevo
planáltico, pouco acidentado,
com suaves ondulações, denominadas coxilhas. A área, também
chamada de pampa ou campanha
gaúcha, possui clima subtropical,
com grande amplitude térmica e
as mais baixas médias de temperaturas do país.
Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus
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