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DE FORA
Candidatos driblam "cotas regionais" em vestibulares
Questões sobre peculiaridades locais não prejudicam quem está preparado
DA REPORTAGEM LOCAL
DO ENVIADO A FLORIANÓPOLIS
As principais dificuldades
encontradas por candidatos
que desejam fazer a prova em
outros Estados estão relacionadas ao tipo de exame e às perguntas regionais nas matérias
de história, geografia e literatura. Mesmo assim, um bom preparo geral pode render a sonhada classificação.
De acordo com Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do Anglo, a incidência de
perguntas que abordam temas
locais é maior nas universidades do Sul. "No fundo é uma reserva de mercado. Mas há resumos e livros que podem ajudar
quem tem interesse."
A Udesc, por exemplo, tem
um tópico catarinense com dez
perguntas entre as 120 da parte
objetiva, mas a organização alega que a medida não visa filtrar
alunos, e sim enaltecer o conhecimento sobre o Estado.
Na última prova da UFSC, 11
das 83 questões (13%) envolviam história, geografia e literatura de Santa Catarina.
Outra peculiaridade é que a
prova é de somatórias: as questões têm de quatro a sete itens
(numerados como 01, 02, 04,
08...), e a resposta é a soma dos
que estão certos. Isso confunde
os acostumados com o sistema
de múltipla escolha, porque é
possível ter pontuação parcial.
Mesmo assim, os vestibulandos paulistas são mais eficientes: 16% dos inscritos de São
Paulo passaram em 2006. O
mesmo índice, entre catarinenses e gaúchos, é de 12%; entre
paranaenses, 8%.
Ajuda a explicar esse desempenho o fato de que os vestibulares paulistas, mais concorridos, pedem maior carga horária
nos cursinhos e melhor preparo. "O candidato que tem uma
preparação forte em exames
que exigem bastante profundidade, como são os de São Paulo,
se dá bem em exames regionalizados", diz Carlos Eduardo
Bindi, do Etapa.
De acordo com o coordenador do Objetivo, Antonio Mario
Salles, há até aulas para cobrirem as lacunas regionais. "Preparamos alguns assuntos de
geografia específica", diz.
Outra alternativa é fazer cursinho na própria cidade onde
fica a faculdade. Em Florianópolis, por exemplo, há aulas sobre escritores catarinenses e
história e geografia do Estado, e
os paulistas já são 20% dos matriculados em um cursinho no
bairro da Lagoa da Conceição.
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