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Aluno optaria por carreira, não por região
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo se o campus da zona
leste fosse inaugurado neste
ano, Katherine Kelly da Gama,
16, provavelmente não escolheria em primeira opção um
curso da nova unidade, preferindo fazer um trajeto muito
maior de sua casa, em Suzano
(38 km de São Paulo), até a Cidade Universitária, na zona
oeste da capital.
"Eu preferiria fazer o sacrifício de ir mais longe para fazer
um curso que realmente gostaria a fazer outro só porque é
mais perto", disse ela, que, para chegar ao Cursinho da Poli,
na zona oeste de São Paulo, sai
de sua casa todos os dias às
5h30 e atravessa de trem toda a
zona leste da capital.
Caso seja aprovada em química no final do ano, ela pretende mudar-se para a casa de
algum parente que more mais
próximo da USP ou montar
um apartamento com colegas
de faculdade.
Fazer uma mudança para a
região oeste também já passou
pela cabeça de Rodrigo Manjon, 21, que hoje está no terceiro ano de odontologia da USP.
Como Katherine, ele sai de sua
casa, na Vila Dalila (zona leste), às 5h30.
De acordo com ele, o maior
problema, entretanto, é a volta
para casa. Como o curso é integral, ele sai na hora do rush e
enfrenta trânsito em todo o
trajeto. Quando chega a sua
casa, não consegue estudar devido ao cansaço. Muitas vezes,
ele prefere ficar na faculdade
estudando até as 20h para só
então voltar, já com trânsito
mais livre.
Ele também não trocaria seu
curso por outro na unidade da
zona leste apenas por ser mais
próximo. "Mas, se houvesse
um curso de odontologia, acho
que pediria transferência."
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