UOL

      São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2003
  Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aluno optaria por carreira, não por região

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo se o campus da zona leste fosse inaugurado neste ano, Katherine Kelly da Gama, 16, provavelmente não escolheria em primeira opção um curso da nova unidade, preferindo fazer um trajeto muito maior de sua casa, em Suzano (38 km de São Paulo), até a Cidade Universitária, na zona oeste da capital.
"Eu preferiria fazer o sacrifício de ir mais longe para fazer um curso que realmente gostaria a fazer outro só porque é mais perto", disse ela, que, para chegar ao Cursinho da Poli, na zona oeste de São Paulo, sai de sua casa todos os dias às 5h30 e atravessa de trem toda a zona leste da capital.
Caso seja aprovada em química no final do ano, ela pretende mudar-se para a casa de algum parente que more mais próximo da USP ou montar um apartamento com colegas de faculdade.
Fazer uma mudança para a região oeste também já passou pela cabeça de Rodrigo Manjon, 21, que hoje está no terceiro ano de odontologia da USP. Como Katherine, ele sai de sua casa, na Vila Dalila (zona leste), às 5h30.
De acordo com ele, o maior problema, entretanto, é a volta para casa. Como o curso é integral, ele sai na hora do rush e enfrenta trânsito em todo o trajeto. Quando chega a sua casa, não consegue estudar devido ao cansaço. Muitas vezes, ele prefere ficar na faculdade estudando até as 20h para só então voltar, já com trânsito mais livre.
Ele também não trocaria seu curso por outro na unidade da zona leste apenas por ser mais próximo. "Mas, se houvesse um curso de odontologia, acho que pediria transferência."


Texto Anterior: USP - Zona leste: Integração será prioridade do novo campus da instituição
Próximo Texto: Matemática: O teorema de Viviani
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.