São Paulo, quinta-feira, 12 de setembro de 2002
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REDAÇÃO DO LEITOR

Unidade e coerência garantem qualidade do texto

THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Coerente com a proposta, o texto trata da dificuldade de escolha dos candidatos em época de eleição -em geral um efeito da indecisão, do receio e da descrença na classe política. Num tom crítico e, ao mesmo tempo, sóbrio, o redator procurou mostrar que o comportamento da maioria da população tem raízes na falta de cultura política do país.
Os eleitores pouco acompanham a vida do país e, em particular, as atividades dos políticos a quem concedem o seu voto. Isso acarreta certo conservadorismo, fruto antes do medo da mudança que da convicção em determinados valores. A troca de acusações feita pelos candidatos tende a alimentar na população a desconfiança que já nutre pela classe política como um todo. Indecisos, muitos eleitores se deixam influenciar pelos números divulgados às vésperas da eleição -afinal, há sempre quem torça pelo time que está ganhando.
O estudante demonstra estar consciente do poder de que é investido o voto e da importância de definir critérios para a escolha dos representantes. Valoriza sobretudo o compromisso do candidato com a população, principalmente com os seus estratos menos favorecidos (de resto, aqueles que mais precisam da ação do Estado). Revela ter visão crítica e capacidade de discernimento.
O parágrafo final alerta para a necessidade de acompanhar a vida política do país e, em especial, as ações daqueles a quem se confia o voto. Só assim se pode, de fato, aprender a votar. O título remete à conclusão, conferindo unidade ao texto.


Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha


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