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UNESP
Prova será menos extensa e com mais textos, diz Vunesp
Segundo diretor, exame específico será menos trabalhoso
VINÍCIUS CAETANO SEGALLA
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma prova menos extensa,
menos trabalhosa, privilegiando a compreensão de texto e a
capacidade de raciocínio do
candidato, além da intensificação do caráter multidisciplinar
das questões. Essas são as principais mudanças prometidas
para o vestibular da Unesp
(Universidade Estadual Paulista), nos dias 17, 18 e 19.
Seguindo a tendência dos
principais vestibulares do país,
a Vunesp, fundação responsável pelo exame da Unesp, anuncia que exigirá mais reflexão e interpretação de texto e menos
"trabalho mecânico" dos candidatos. A principal mudança deve acontecer no segundo dia de
provas, em que os alunos respondem a 25 questões discursivas de conhecimentos específicos, com as disciplinas variando conforme a carreira.
"Faremos um exame de conhecimentos específicos menos trabalhoso. Nossas pesquisas têm mostrado que, nesse
exame, muitos candidatos ficam na sala até o término do
tempo. Então resolvemos tornar mais leve a prova em relação a isso", revela o professor
Fernando Prado, diretor acadêmico da Vunesp.
Ele explica como será a mudança na prática: "Temos 25
questões no segundo dia de
prova, e muitas delas eram subdivididas em partes, a, b, c... Isso estava dando muito trabalho
para os candidatos. Resolvemos eliminar qualquer divisão", adianta. Outra diferença
será nos enunciados das questões. "Sempre que foi possível,
para não fazer uma pergunta
seca, demos uma contextualização, referência ao cotidiano
ou fato real nas questões."
As perguntas multidisciplinares ganharão mais espaço.
"Costumávamos orientar os
formuladores da prova a fazer
um máximo de 20% de questões multidisciplinares. Neste
ano, não colocamos limite", diz
o professor, ressaltando que as
perguntas são multidisciplinares, pois abordam temas de
mais de uma matéria, e não interdisciplinares, que requerem
um conhecimento integrado
das disciplinas. "O ensino médio ainda não provê uma educação interdisciplinar, por isso
não podemos exigir."
As alterações anunciadas não
surpreendem o professor Edmilson Motta, coordenador do
Etapa. "As provas dos grandes
vestibulares estão indo por este
caminho, usar mais texto e raciocínio e exigir cada vez menos fórmulas decoradas e modelos prontos de respostas."
O candidato André Rodrigues, 18, que vai prestar medicina, está confiante, mas não
acha que o modelo de fase única seja menos complicado. "A
prova é mais fácil que as segundas fases de Unicamp e Fuvest,
e mais fácil que a fase única da
Unifesp. Assim, a sorte conta
mais, pois uma ou duas questões podem fazer a diferença."
Colaborou FERNANDA NOGUEIRA
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