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      São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003
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Alta concorrência aumenta nota para vagas em disputa

DA REPORTAGEM LOCAL

O poder de atração da medicina sobre os candidatos traz efeitos para eles próprios e para as universidades que oferecem o curso. Como a concorrência é grande e os candidatos em geral são bem preparados, a nota necessária para conseguir entrar na graduação normalmente é alta, o que tornam comuns os candidatos veteranos na carreira.
Todos os anos, medicina é a que tem a nota de corte mais alta da Fuvest. No ano passado, para conseguir passar para a segunda fase, o candidato teve de fazer 75% dos pontos da prova. Os vestibulandos de relações internacionais, o curso com a segunda nota mais alta, precisaram fazer 68% do total dos pontos.
Segundo Fernando Dagnoni Prado, diretor acadêmico da Vunesp, a nota necessária para entrar em medicina na Unesp fica entre 82% e 90% da prova. "Isso só é bom para quem tem vocação para as outras carreiras, porque fica mais fácil ingressar. Um candidato que tira nota 78 é um ótimo estudante, que poderia ser bem aproveitado em outra carreira, mas não fica com uma vaga. Isso é ruim para a universidade, que perde bons talentos."
Para o coordenador do vestibular da Unicamp, Leandro Tessler, as universidades tentam evitar a concentração divulgando os cursos. "Nós fazemos um esforço para anunciar os cursos que temos, damos espaço igual para todos eles. Mas também não podemos impor aos candidatos uma opção."


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