São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 2002
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AULA ALTERNATIVA

Museus ajudam a ensinar história, artes e ciências

INSTITUIÇÕES DE SP TÊM IMPORTANTES ACERVOS PRATICAMENTE DESCONHECIDOS DA POPULAÇÃO

FÁBIO PORTO SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os museus de São Paulo podem ser uma excelente sala de aula. A cidade oferece muitas opções de instituições com ricos e variados acervos em história, artes plásticas e ciências.
Segundo o guia "Muito Prazer, São Paulo! - Guia de Museus e Instituições Culturais de São Paulo", de Simona Misan e Thereza Cavalcanti Vasques (Editora Palas Athena, 192 págs., R$ 20), a cidade tem hoje 124 museus. "Mas as pessoas só conhecem cinco ou seis instituições", diz Thereza.
Conhecer esses locais é uma forma diferente e por que não divertida de aprender coisas novas e reforçar os conhecimentos -o que interessa sobretudo a quem vai testá-los no vestibular.
Para a aproveitar a visita, preparar-se antecipadamente é fundamental. "O aluno aproveita melhor a experiência e interage com o que vê", afirma o professor de história do Colégio Rio Branco Roberson de Oliveira.
A coordenadora de educação artística de 5ª a 8ª série e do ensino médio do Colégio Visconde de Porto Seguro, Márcia Anaf, diz que, ao conhecer um estilo artístico, mesmo que não goste dele, o aluno passa a respeitá-lo.
O programa da USP (Universidade de São Paulo) A Universidade e as Profissões, que promove a visita de estudantes às suas unidades de ensino, inclui neste ano a ida a quatro museus da universidade: o Museu do Ipiranga (Museu Paulista), o Museu de Zoologia, o MAE (Museu de Arqueologia e Etnografia) e o MAC (Museu de Arte Contemporânea).
A professora do Museu do Ipiranga Miyoko Makino afirma que os grupos que visitam a instituição se impressionam não só com o acervo, mas também com o próprio prédio. "A grandiosidade, as janelas grandes e a escadaria chamam a atenção dos alunos."
Segundo a diretora do serviço técnico de musealização do MAE, Carla Carneiro, a área que mais atrai os alunos é o módulo Origens e Expansão das Sociedades Indígenas, que trata, por meio de artefatos de até 10 mil anos, da ocupação dos primeiros habitantes no território onde hoje é o Brasil. Outro destaque é o setor Mediterrâneo e Médio Oriente na Antiguidade, que inclui o segundo mais importante acervo do mundo de tabletes com inscrições de cuneiforme, o mais antigo sistema de escrita conhecido.
Outra instituição bastante visitada pelas escolas é a Estação Ciência, um centro de divulgação científica da USP, que mostra por meio de experiências o funcionamento prático de teorias e a formação de fenômenos. Um dos mais apreciados é o experimento de Vandergraaff, um globo de alumínio que concentra cargas elétricas. Ao tocar o globo a energia arrepia os cabelos.

Museu a céu aberto
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo realiza passeios gratuitos pelo centro antigo da cidade. O programa, chamado Turismo Histórico, tem duração de duas horas e passa por locais de importância histórica e arquitetônica da região. O passeio atende entre 300 a 400 pessoas por mês, entre turistas e paulistanos.



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