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AULA ALTERNATIVA
Museus ajudam a ensinar história, artes e ciências
INSTITUIÇÕES DE SP TÊM IMPORTANTES ACERVOS PRATICAMENTE DESCONHECIDOS DA POPULAÇÃO
FÁBIO PORTO SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os museus de São Paulo podem
ser uma excelente sala de aula.
A cidade oferece muitas opções
de instituições com ricos e variados acervos em história, artes
plásticas e ciências.
Segundo o guia "Muito Prazer,
São Paulo! - Guia de Museus e
Instituições Culturais de São Paulo", de Simona Misan e Thereza
Cavalcanti Vasques (Editora Palas Athena, 192 págs., R$ 20), a cidade tem hoje 124 museus. "Mas
as pessoas só conhecem cinco ou
seis instituições", diz Thereza.
Conhecer esses locais é uma forma diferente e por que não divertida de aprender coisas novas e reforçar os conhecimentos -o que
interessa sobretudo a quem vai
testá-los no vestibular.
Para a aproveitar a visita, preparar-se antecipadamente é fundamental. "O aluno aproveita melhor a experiência e interage com
o que vê", afirma o professor de
história do Colégio Rio Branco
Roberson de Oliveira.
A coordenadora de educação
artística de 5ª a 8ª série e do ensino
médio do Colégio Visconde de
Porto Seguro, Márcia Anaf, diz
que, ao conhecer um estilo artístico, mesmo que não goste dele, o
aluno passa a respeitá-lo.
O programa da USP (Universidade de São Paulo) A Universidade e as Profissões, que promove a
visita de estudantes às suas unidades de ensino, inclui neste ano a
ida a quatro museus da universidade: o Museu do Ipiranga (Museu Paulista), o Museu de Zoologia, o MAE (Museu de Arqueologia e Etnografia) e o MAC (Museu
de Arte Contemporânea).
A professora do Museu do Ipiranga Miyoko Makino afirma que
os grupos que visitam a instituição se impressionam não só com
o acervo, mas também com o próprio prédio. "A grandiosidade, as
janelas grandes e a escadaria chamam a atenção dos alunos."
Segundo a diretora do serviço
técnico de musealização do MAE,
Carla Carneiro, a área que mais
atrai os alunos é o módulo Origens e Expansão das Sociedades
Indígenas, que trata, por meio de
artefatos de até 10 mil anos, da
ocupação dos primeiros habitantes no território onde hoje é o Brasil. Outro destaque é o setor Mediterrâneo e Médio Oriente na Antiguidade, que inclui o segundo
mais importante acervo do mundo de tabletes com inscrições de
cuneiforme, o mais antigo sistema de escrita conhecido.
Outra instituição bastante visitada pelas escolas é a Estação
Ciência, um centro de divulgação
científica da USP, que mostra por
meio de experiências o funcionamento prático de teorias e a formação de fenômenos. Um dos
mais apreciados é o experimento
de Vandergraaff, um globo de
alumínio que concentra cargas
elétricas. Ao tocar o globo a energia arrepia os cabelos.
Museu a céu aberto
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento
Econômico e Turismo realiza passeios gratuitos pelo centro antigo da cidade. O programa, chamado Turismo Histórico, tem duração de duas horas e passa por
locais de importância histórica e arquitetônica da região. O passeio
atende entre 300 a 400 pessoas por mês, entre turistas e paulistanos.
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