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UNIFESP
Concorrência para medicina é o triplo do que na Fuvest
Com 1.812 vagas, federal é forte na área da saúde
Rosa Bastos/Folha Imagem
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Fernanda vai prestar ciências da computação
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 23 mil pessoas prestarão, de amanhã a sexta-feira,
o vestibular da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A escola oferece 1.812 vagas
no processo seletivo deste ano,
609 a mais que no ano passado.
O aumento, assim como ocorreu na UFSCar, se deve ao
apoio do Reuni, programa do
governo federal que tem como
objetivo a ampliação de vagas
em universidades federais.
O curso mais concorrido é o
de medicina, na Escola Paulista
de Medicina, com 102,29 candidatos por vaga. A concorrência
é quase o triplo da verificada na
Fuvest, que teve 34,97 candidatos disputando uma vaga na Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo.
"Nossos candidatos são basicamente os mesmos da Fuvest", diz Miguel Roberto Jorge, coordenador do curso de medicina da Unifesp.
A diferença entre o número
de inscritos nas duas universidades é muito pequena. O que
faz a concorrência na Unifesp
ser maior é a menor oferta de
vagas. Na Fuvest, as 375 vagas
de medicina tiveram 13.379
candidatos. Na Unifesp, foram
11.252 inscritos para 110 oportunidades.
Segundo o coordenador, a alta procura vem do prestígio da
Unifesp na área de saúde. "Por
muitos anos a instituição só tinha cursos de medicina e enfermagem", diz ele.
A alta concorrência não foi
determinante, mas pesou para
que a vestibulanda Talline Barbosa Bufoni, 20, mudasse de
idéia. Ela prestou medicina por
duas vezes na Unifesp, mas, no
ano passado, mudou de opção
para enfermagem. "Gosto da
área da saúde, de ajudar as pessoas, e vi que com enfermagem
eu também poderia fazer isso",
diz ela. Outro fator que a ajudou foi assistir a algumas aulas
de enfermagem na instituição.
Forma de entrada
A Unifesp estuda utilizar o
Enem como uma das formas de
ingresso na instituição, segundo Lucia de Oliveira Sampaio,
pró-reitora de graduação pro-tempore. Ela diz que é possível
que o exame aplicado em todo o
país possa substituir a prova de
conhecimentos gerais.
"É um assunto muito delicado, temos que estudar muito",
afirma ela. Por enquanto, o que
a escola faz é aumentar o peso
da nota do Enem no vestibular.
Na última edição do exame, o
Enem podia aumentar em até
10% a nota da prova de conhecimentos gerais. Neste ano, o
valor subiu para 25%. "O Enem
é uma prova muito bem-feita,
mas muda muito de ano para
ano, então, estamos fazendo
mudanças com calma."
Para os próximos três dias, a
dica da pró-reitora é "ficar calmo e ter fé". "O candidato tem
que acreditar que conseguirá
entrar. Fazer prova com pensamento negativo só atrapalha."
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