São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 2008
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UNIFESP

Concorrência para medicina é o triplo do que na Fuvest

Com 1.812 vagas, federal é forte na área da saúde

Rosa Bastos/Folha Imagem
Fernanda vai prestar ciências da computação

LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 23 mil pessoas prestarão, de amanhã a sexta-feira, o vestibular da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A escola oferece 1.812 vagas no processo seletivo deste ano, 609 a mais que no ano passado. O aumento, assim como ocorreu na UFSCar, se deve ao apoio do Reuni, programa do governo federal que tem como objetivo a ampliação de vagas em universidades federais.
O curso mais concorrido é o de medicina, na Escola Paulista de Medicina, com 102,29 candidatos por vaga. A concorrência é quase o triplo da verificada na Fuvest, que teve 34,97 candidatos disputando uma vaga na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
"Nossos candidatos são basicamente os mesmos da Fuvest", diz Miguel Roberto Jorge, coordenador do curso de medicina da Unifesp.
A diferença entre o número de inscritos nas duas universidades é muito pequena. O que faz a concorrência na Unifesp ser maior é a menor oferta de vagas. Na Fuvest, as 375 vagas de medicina tiveram 13.379 candidatos. Na Unifesp, foram 11.252 inscritos para 110 oportunidades.
Segundo o coordenador, a alta procura vem do prestígio da Unifesp na área de saúde. "Por muitos anos a instituição só tinha cursos de medicina e enfermagem", diz ele.
A alta concorrência não foi determinante, mas pesou para que a vestibulanda Talline Barbosa Bufoni, 20, mudasse de idéia. Ela prestou medicina por duas vezes na Unifesp, mas, no ano passado, mudou de opção para enfermagem. "Gosto da área da saúde, de ajudar as pessoas, e vi que com enfermagem eu também poderia fazer isso", diz ela. Outro fator que a ajudou foi assistir a algumas aulas de enfermagem na instituição.

Forma de entrada
A Unifesp estuda utilizar o Enem como uma das formas de ingresso na instituição, segundo Lucia de Oliveira Sampaio, pró-reitora de graduação pro-tempore. Ela diz que é possível que o exame aplicado em todo o país possa substituir a prova de conhecimentos gerais.
"É um assunto muito delicado, temos que estudar muito", afirma ela. Por enquanto, o que a escola faz é aumentar o peso da nota do Enem no vestibular.
Na última edição do exame, o Enem podia aumentar em até 10% a nota da prova de conhecimentos gerais. Neste ano, o valor subiu para 25%. "O Enem é uma prova muito bem-feita, mas muda muito de ano para ano, então, estamos fazendo mudanças com calma."
Para os próximos três dias, a dica da pró-reitora é "ficar calmo e ter fé". "O candidato tem que acreditar que conseguirá entrar. Fazer prova com pensamento negativo só atrapalha."


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