|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cursos seqüenciais são alternativa para quem quer área específica
DA REPORTAGEM LOCAL
Como já trabalhava com recursos humanos e não pretendia ter toda a parte geral de administração de empresas antes
dos fundamentos específicos
da área, Sônia Cristina Alves
Suriani, 33, preferiu fazer um
seqüencial a uma graduação.
"Já conhecia a área de recursos humanos e sabia que era
com isso que desejava trabalhar, mas precisava de um
aprimoramento. Se fizesse
uma graduação, teria de esperar uns três anos para entrar
em recursos humanos", disse
Suriani, que, como a maioria
dos alunos de sua sala, tinha
mais de 25 anos quando começou o curso.
Como são muito específicos,
os alunos recém-saídos do ensino médio são raros. "Cerca
de 70% de nossos alunos de seqüenciais já atuam no mercado de trabalho e na área do
curso que vieram fazer", disse
Edman Altheman, da Universidade Anhembi Morumbi.
Por lei, os cursos seqüenciais
só podem abordar áreas específicas, chamadas campo do
saber, de outras maiores, chamadas de áreas do conhecimento, ensinadas nas graduações. Por exemplo: não seria
permitido um curso seqüencial na área do conhecimento
de administração de empresas,
mas pode haver em campos do
saber relacionados, como recursos humanos, finanças e
gestão de pequenas empresas.
Durante o curso, o aluno terá
poucas matérias gerais, como
sociologia e psicologia. "As
graduações têm quatro anos e
podem formar generalistas. Os
seqüenciais são mais focados.
Nós reduzimos as matérias gerais para dar as específicas, por
isso o curso dura dois anos",
disse Angelo Palmisano, diretor do Centro de Educação
Tecnológica e Formação Específica da Uninove.
Após completar os dois
anos, o estudante recebe um
certificado de nível superior,
que não equivale a um diploma de graduação. Para prestar
concursos públicos, por exemplo, o formado em cursos seqüenciais deverá olhar no edital os requisitos para o cargo.
Outra diferença do diploma
da graduação para o certificado do seqüencial é que ele não
permite que o estudante ingresse em cursos de mestrado
e doutorado. Se fizer o seqüencial, o aluno poderá cursar
apenas as pós-graduações chamadas de "lato sensu", como
as especializações.
Modulares e tecnológicos
Outra opção após concluir o
seqüencial é ingressar em uma
graduação na mesma área e
aproveitar as matérias que já
cursou para reduzir o tempo
de duração da faculdade. Em
geral, com mais dois anos, pode-se obter o diploma também
da graduação. Quando a própria instituição programa as
disciplinas a serem cursadas
pelos estudantes para obterem
os dois diplomas, o curso é
chamado de modular.
Outra modalidade de ensino
superior que, como os seqüenciais, privilegia áreas específicas e prepara para as necessidades do mercado de trabalho
são os cursos tecnológicos. Em
geral, eles têm duração maior
do que os seqüenciais, e o diploma equivale a um de graduação. A Unicamp, por
exemplo, oferece cursos desse
tipo, com duração de quatro
anos. Em algumas particulares, entretanto, o curso pode
durar até dois anos.
Texto Anterior: Especializado fica "aprisionado" em sua escolha, afirma psicólogo Próximo Texto: Mercado exige "foco" de profissional recém-formado Índice
|