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ATUALIDADES
Mercosul: uma alternativa econômica regional
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Na 24ª Reunião de Cúpula do
Mercosul, realizada no Paraguai em junho, o presidente Lula
declarou que gostaria de ver o
bloco ampliado com outros países da América do Sul e de caminhar para o modelo da União Européia, um espaço para a livre circulação de mercadorias, capitais,
serviços e pessoas.
Oficialmente, o Mercosul (Mercado Comum do Sul) surgiu com
o Tratado de Assunção, assinado
em 1991 pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai e pelo Paraguai.
Mas o projeto de integração regional remonta a 1985, quando os
presidentes do Brasil e da Argentina firmaram um acordo bilateral que ficou conhecido como Declaração de Iguaçu.
Segundo o documento, o Brasil
e a Argentina comprometiam-se
a promover a integração dos dois
países nas áreas técnica, econômica e comercial e estabeleciam as
bases para a criação de uma união
aduaneira, ou seja, um bloco econômico com livre comércio e definido por uma tarifa externa comum. Paraguai e Uruguai foram
convidados a fazer parte do grupo
em agosto de 1990.
Em dezembro de 1994, os países
sancionaram o Protocolo de Ouro
Preto, que autoriza o Mercosul a
negociar e a assinar tratados com
outros blocos em nome de todos
os membros. Para o futuro, projeta-se a criação do Parlamento do
Mercosul e do Instituto Monetário, com o objetivo de criar uma
moeda única.
Com uma área total de quase 12
milhões de km2, um mercado potencial de 220 milhões de consumidores e um PIB próximo de
US$ 1 trilhão, o Mercosul representa boas perspectivas para o futuro. Se considerarmos que, no
desenrolar do século 21, a água será um elemento estratégico essencial, cabe destacar que dentro do
Mercosul estão as duas maiores
bacias hidrográficas do planeta: a
do Prata e a da Amazônia.
Roberto Candelori é professor do
Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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