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ENTRE FASES
Candidato não pode se abater com reprovação
Frustração pode influenciar no
desempenho em outras provas
Raimundo Paccó/Folha Imagem
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Kátia Laporte, que passou para a segunda fase na Fuvest com dois pontos acima da nota de corte |
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de toda a responsabilidade de escolher uma carreira e
a pressão envolvida, os nervos
ficam ainda mais à flor da pele
quando o vestibulando não encontra seu nome na lista de
aprovados ou de convocados
para a segunda fase.
"É importante que o candidato não se deixe abater se não
passar em um dos vestibulares.
Há outros processos seletivos
pela frente e a frustração pode
influenciar negativamente no
seu desempenho", afirma Edmilson Motta, coordenador do
cursinho Etapa.
"O insucesso não pode servir
de desmotivação. Muitas vezes
o nível dos candidatos é parecido, e como a concorrência é
bastante grande, então, não haverá jeito, muitos ficarão mesmo de fora", pondera Motta.
"O momento de reprovação é
realmente de muito estresse.
Aparecem dúvidas sobre o que
fazer em seguida e como a família irá lidar com a notícia", concorda Elaine, porta-voz voluntária do CVV (Centro de Valorização da Vida).
O serviço de aconselhamento, via telefone, e-mail ou pessoalmente, registra mais ligações de jovens no mês de julho
e nesta época do ano, quando
acontecem os vestibulares.
"É uma fase de muita ansiedade e há não só a pressão da família mas a autocobrança também", diz Elaine, que não revela o sobrenome porque o serviço mantém a identidade dos voluntários sob sigilo.
Quem liga também tem o
anonimato garantido. "Não temos bina nem rastreador. A
conversa não é gravada e tampouco anotamos os assuntos."
A pessoa pode telefonar para
o 141 (custo de um pulso normal de uma ligação), 24 horas
por dia, de qualquer parte do
país, ou ir a um dos postos, que
funcionam em geral das 7h às
20h. Os endereços estão no site
www.cvv.org.br.
A partir do segundo semestre
de 2008, o CVV passará a ter
um bate-papo on-line com o
objetivo de se aproximar ainda
mais dos jovens.
Otimismo
Yuri Antunes Salomoni, 19,
não passou para a segunda fase
da Fuvest por um ponto, mas
não desanimou. "Estou otimista com a Unicamp. Pela correção do gabarito, acho que fui
bem", conta o candidato a uma
vaga em engenharia.
Kátia Laporte, 31, resolveu
voltar aos bancos escolares para tentar a tão sonhada vaga em
uma universidade. Técnica
agrícola, ela decidiu deixar a
empresa onde trabalhava com
paisagismo e começar a fazer
cursinho pré-vestibular.
"Sempre gostei muito de letras. Penso em, depois de formada, talvez escrever sobre a
área agrícola, onde já tenho alguma experiência", afirma.
Na primeira fase da Fuvest,
Kátia fez 42 pontos, dois pontos somente acima da nota de
corte. "Vou aproveitar os dias
que faltam até as provas para
me dedicar ainda mais."
(FC)
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