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ENGENHARIA ELÉTRICA
OPÇÃO GERALMENTE É FEITA NO 3º OU NO 4º ANO
Eletrônica e eletrotécnica são principais áreas de trabalho
DA REPORTAGEM LOCAL
Se uma corrente elétrica passa
em um produto, seja um rádio
de pilha, seja uma turbina de uma
hidroelétrica, uma equipe de engenheiros elétricos foi necessária
para seu desenvolvimento.
Engenheiro elétrico, entretanto,
é um termo genérico para denominar profissionais voltados sobretudo para duas grandes áreas:
engenharia eletrônica e engenharia eletrotécnica.
Quem quer trabalhar com tensões baixas, como aparelhos de
110 volts, deve escolher a área de
engenharia eletrônica. Já quem
pretende trabalhar com tensões
altas, superiores a 1.000 volts, geralmente segue a de eletrotécnica.
Nesse setor, o engenheiro é a
pessoa responsável pelo desenvolvimento de todo o sistema de
geração de energia, como termoelétricas, linhas de transmissão e
máquinas industriais. "Alguns
geradores importados vêm desmontados, e o engenheiro é o responsável por montá-los e adequá-lo às necessidades do cliente", disse Ruy Alberto Corrêa Altafim, vice-diretor da Escola de Engenharia da USP de São Carlos.
Na área eletrônica, o engenheiro
desenvolve aparelhos, como televisores e computadores, e, em
parceria com engenheiros de produção, projeta a forma como eles
serão fabricados. No caso de projetos que já chegam prontos das
matrizes das multinacionais, o
profissional faz a adequação aos
componentes disponíveis no Brasil. "A adaptação pode envolver
até a modificação dos softwares
envolvidos. Por isso o aluno recebe uma base sólida nessa área",
disse Luís Tadeu Raunheitte, chefe do Departamento de Engenharia Elétrica do Mackenzie.
Geralmente entre o terceiro e
quarto ano da graduação, o aluno
tem de fazer a opção entre as áreas
de eletrônica e de eletrotécnica.
Entre esses dois campos está o de
controle e automação, que desenvolve, por exemplo, sistemas em
que um computador comanda
uma máquina de uma fábrica ou
um eletrodoméstico.
Trabalho em equipe
O vestibulando que é tímido e
pretende cursar engenharia para
trabalhar sozinho provavelmente
terá problemas para entrar no
mercado de trabalho. A imagem
do inventor solitário e sua prancheta -que deu lugar ao computador- não corresponde à realidade. "Isso é uma visão romântica. Mesmo que um produto seja
inventado por uma só pessoa, para produzi-lo comercialmente, é
preciso o trabalho de muita gente.
A idéia até pode ser individual,
mas a concretização é sempre feita em grupo", disse Basílio Milani,
coordenador do curso de engenharia elétrica da Unicamp.
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