São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002
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ENGENHARIA ELÉTRICA

OPÇÃO GERALMENTE É FEITA NO 3º OU NO 4º ANO

Eletrônica e eletrotécnica são principais áreas de trabalho

DA REPORTAGEM LOCAL

Se uma corrente elétrica passa em um produto, seja um rádio de pilha, seja uma turbina de uma hidroelétrica, uma equipe de engenheiros elétricos foi necessária para seu desenvolvimento.
Engenheiro elétrico, entretanto, é um termo genérico para denominar profissionais voltados sobretudo para duas grandes áreas: engenharia eletrônica e engenharia eletrotécnica.
Quem quer trabalhar com tensões baixas, como aparelhos de 110 volts, deve escolher a área de engenharia eletrônica. Já quem pretende trabalhar com tensões altas, superiores a 1.000 volts, geralmente segue a de eletrotécnica.
Nesse setor, o engenheiro é a pessoa responsável pelo desenvolvimento de todo o sistema de geração de energia, como termoelétricas, linhas de transmissão e máquinas industriais. "Alguns geradores importados vêm desmontados, e o engenheiro é o responsável por montá-los e adequá-lo às necessidades do cliente", disse Ruy Alberto Corrêa Altafim, vice-diretor da Escola de Engenharia da USP de São Carlos.
Na área eletrônica, o engenheiro desenvolve aparelhos, como televisores e computadores, e, em parceria com engenheiros de produção, projeta a forma como eles serão fabricados. No caso de projetos que já chegam prontos das matrizes das multinacionais, o profissional faz a adequação aos componentes disponíveis no Brasil. "A adaptação pode envolver até a modificação dos softwares envolvidos. Por isso o aluno recebe uma base sólida nessa área", disse Luís Tadeu Raunheitte, chefe do Departamento de Engenharia Elétrica do Mackenzie.
Geralmente entre o terceiro e quarto ano da graduação, o aluno tem de fazer a opção entre as áreas de eletrônica e de eletrotécnica. Entre esses dois campos está o de controle e automação, que desenvolve, por exemplo, sistemas em que um computador comanda uma máquina de uma fábrica ou um eletrodoméstico.

Trabalho em equipe
O vestibulando que é tímido e pretende cursar engenharia para trabalhar sozinho provavelmente terá problemas para entrar no mercado de trabalho. A imagem do inventor solitário e sua prancheta -que deu lugar ao computador- não corresponde à realidade. "Isso é uma visão romântica. Mesmo que um produto seja inventado por uma só pessoa, para produzi-lo comercialmente, é preciso o trabalho de muita gente. A idéia até pode ser individual, mas a concretização é sempre feita em grupo", disse Basílio Milani, coordenador do curso de engenharia elétrica da Unicamp.


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