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EM DÚVIDA
Como escolher entre faculdades top
Aspectos como grade curricular e distância de casa devem ser considerados
Danilo Verpa/Folha Imagem
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Vanessa Poccetti, candidata de medicina |
FERNANDA CALGARO
DA REPORTAGEM LOCAL
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REDAÇÃO
Quando o esforço diante dos
livros é compensado com a
aprovação em mais de uma faculdade de qualidade, surgem a
dúvida sobre qual delas escolher e a insegurança por ter de
abrir mão da outra instituição.
O primeiro aspecto a ser levado em conta é a grade curricular, em geral disponível no site do curso, e se a distribuição
das disciplinas (teóricas e práticas, além do percentual de optativas) vai ao encontro do esperado pelo estudante.
Também é importante conhecer o perfil do curso. O de
biotecnologia da UFSCar, por
exemplo, é voltado para a
agroindústria e o ambiente. Na
Unesp, o foco é na genética.
"Um currículo mais completo dá uma possibilidade de estágio melhor", avalia Osmar
Antônio Ferraz, coordenador
de vestibular do Colégio Bandeirantes, em São Paulo.
As atividades extraclasse
também têm um peso importante na graduação. Jornais-laboratório, agências e empresas júnior são uma boa oportunidade para treinar a prática.
No caso de medicina, o hospital-escola e convênios com
postos de saúde, por exemplo,
farão a diferença na formação.
Trabalho
Outro aspecto que serve de
termômetro é conversar com
universitários ou recém-formados da faculdade para saber
como foi a inserção no mercado de trabalho, recomenda
Laércio da Costa Carrer, coordenador do terceiro ano do ensino médio do Colégio São
Luís. "As impressões são valiosas para a escolha."
Carlos Eduardo Bindi, coordenador do cursinho Etapa,
concorda. "Se o nível de ensino
das faculdades for equivalente,
a decisão será baseada nas preferências pessoais, como a empatia com o campus."
Aliás, esse é outro fator importante: o estudante deve saber onde estará pisando, isto é,
se a faculdade fica num campus universitário ou num único
prédio. "Em um campus, o universitário tem contato com as
outras graduações, o que é muito enriquecedor, além de ter
um espaço maior à disposição.
Por outro lado, as faculdades
com menos cursos, em geral,
são mais centrais. E essas conexões com outras pessoas podem ser recuperadas quando a
pessoa entrar no mercado de
trabalho", opina Bindi.
Distâncias
A localização do curso deve
ser pensada não só pela distância e tempo gasto, mas por causa do custo de transporte. Ela
será ainda mais determinante
se o estudante quiser aliar a entrada na universidade com a
saída da casa dos pais.
No caso das faculdades públicas de medicina no Estado de
São Paulo, como USP, Unifesp,
Unesp e Unicamp, em que o nível do ensino de qualidade é
igual, isso pode ser um critério.
"Entre as faculdades paulistas públicas de medicina, a
Unesp leva uma certa vantagem por ficar em uma cidade
menor, mais tranqüila e acolhedora, onde a convivência entre os alunos é muito maior",
afirma Joelcio F. Abbade, coordenador do curso de medicina
da Unesp Botucatu.
Para Vanessa Poccetti, 20,
que prestou medicina na USP,
Unesp, Unifesp, Unicamp e
UFSCar, a distância é um fator
decisivo. Ela já se matriculou
na PUC de Sorocaba, mas quer
a USP. "Além do nome que ela
tem, é perto de casa."
Angélica Maria Bicudo Zeferino, coordenadora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, ressalta que o curso passou por uma atualização do
currículo. "Temos acompanhado as tendências", afirma.
"Todas essas faculdades de
medicina dão uma base competente. A universidade não molda o aluno. A formação para
melhor ou pior vai depender da
dedicação do estudante", afirma Marcos Boulos, diretor da
Faculdade de Medicina da USP.
Miguel Roberto Jorge, diretor acadêmico do curso de medicina da Unifesp, também é da
mesma opinião. "O nível de ensino é de excelência em todas. A
opção se dará por preferência."
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