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MATEMÁTICA
Um intrigante quebra-cabeça visual
JOSÉ LUIZ PASTORE MELLO
ESPECIAL PARA A FOLHA
A prática de solucionar jogos e
quebra-cabeças é um ótimo
exercício para adquirir gosto pelo
raciocínio lógico. Vejamos como
anda sua percepção visual ao resolver o intrigante paradoxo lógico dos lápis.
Na figura acima, você vê um total de 13 lápis, sendo 6 deles pretos
e 7 brancos. Corte os retângulos
marcados com as letras A e B e,
em seguida, inverta sua posição
de encaixe no retângulo C, o que
significa dizer que o retângulo A
ficará à direita, e o retângulo B, à
esquerda. Alguma surpresa na
nova contagem dos lápis pretos e
brancos?
O quebra-cabeça dos lápis foi
criado em 1956 por Mel Stover,
mas a origem do truque é bem
mais antiga. Em 1907, o mágico
amador Theodore DeLand Jr. patenteou uma figura com um quebra-cabeça semelhante a esse,
mas que continha desenhos de
cartas em vez de lápis. Na ocasião,
DeLand fez um bom dinheiro cobrando US$ 0,10 dos interessados
pelo envio por correio de cópias
do quebra-cabeça.
Se você ainda não descobriu
uma explicação para o paradoxo
dos lápis, vamos a ela. Na configuração final, encontramos sete lápis pretos e seis brancos, o que
implica dizer que um lápis mudou de cor.
Para descobrir qual foi, retome
a configuração inicial da figura,
marque na ponta e na base de cada lápis preto o número 1 e na
ponta e na base de cada lápis
branco o número 2. Em seguida,
troque a posição dos retângulos A
e B e você notará que o quinto e o
décimo lápis (da esquerda para a
direita) são os únicos que poderiam ter mudado de cor, já que
apresentam números diferentes
na ponta e na base.
Observe novamente com atenção a figura, pois agora você conseguirá identificar por que apenas
o décimo lápis mudou de cor.
José Luiz Pastore Mello é licenciado
em matemática e mestrando em educação pela USP.
E-mail: jlpmello@uol.com.br
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