Currículo dos cursos procura adaptar o que é aprendido à realidade local

DE SÃO PAULO

Com 24 mil alunos em 31 cursos de graduação, a Unifor (Universidade de Fortaleza), instituição particular no Ceará, se destaca na saúde.
Dos 9 cursos da área, 7 têm nota 4 no CPC (Conceito Preliminar de Curso, avaliação do MEC de 1 a 5 que considera qualidade do curso, infraestrutura e corpo docente). Veja mais ao lado.
Os outros dois são terapia ocupacional, que tem nota 3, e medicina, que ainda não foi avaliado pelo MEC.
Henrique Sá, vice-reitor de graduação da Unifor, atribui o bom desempenho dos cursos de saúde a dois aspectos: qualificação do corpo docente e currículo em constante aprimoramento, adaptado às necessidades locais.
"Às vezes o currículo é muito interessante, mas o que ele propõe está mais para a [universidade norte-americana] Harvard do que para o Nordeste brasileiro."
O curso de medicina, por exemplo, adota o método PBL (sigla em inglês para aprendizagem baseada em problemas), em que os alunos não têm aulas expositivas, mas aprendem por um processo semelhante às dinâmicas de grupo das empresas. Os alunos são apresentados a uma situação-problema do cotidiano e devem elaborar uma solução para ela.
Os demais cursos da área de saúde usam uma espécie de adaptação do PBL, que é específico para medicina.
"A problematização está sempre presente nas nossas aulas. Fazemos um mergulho na realidade do aluno", afirma o vice-reitor.
A instituição tem dois vestibulares por ano. A prova é feita nos moldes do Enem, com 60 questões de múltipla escolha divididas pelos quatro eixos do conhecimento (linguagem e códigos, matemática e as ciências humanas e naturais) e redação.
A previsão é que o período de inscrições seja de 4 de outubro a 5 de novembro e que a prova ocorra em 19 de novembro. A taxa é R$ 100.
Após o preenchimento das vagas, a Unifor usa a nota do Enem para ocupar os postos remanescentes. (PG)


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