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FEDERAIS DO RIO
UFRJ registra recorde de inscrições
Neste ano, são 73.848 candidatos, 42,41% mais que no ano passado, quando houve 51.855 inscritos
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) tem, neste ano, 21.993
motivos a mais para se preocupar. Esse é o número exato de
inscritos a mais que a federal do
Rio recebeu para o vestibular
2010, o que representa um aumento de 42,41% em comparação com 2009.
Mas por que tantos candidatos a mais? "Inscrições gratuitas", responde, sem pestanejar,
Luiz Otavio Langlois, coordenador do vestibular da UFRJ.
Neste ano, a federal do Rio
decidiu adotar o Enem como
primeira fase e chamar todos os
candidatos a fazer a segunda fase, nos dias 9 e 10 de janeiro.
Como nem todos terão a prova
corrigida -apenas quatro vezes
o número de vagas oferecidas
em cada curso-, a universidade achou que não era justo cobrar taxa de inscrição.
Assim, sem cobrar inscrição
e com a primeira fase sendo o
Enem, muita gente de fora do
Rio resolveu fazer o vestibular
da UFRJ. Do total de inscritos,
16,5% não vêm de solos fluminenses. O maior exportador de
candidatos à federal do Rio é
São Paulo, com 4.663 alunos,
ou 6,3% do total.
Apesar de receber muitos
alunos de fora, a UFRJ só aplica
provas no Rio "por motivos
operacionais", afirma Langlois.
Novidades
A adoção do Enem trouxe alterações na dinâmica da prova:
a primeira fase deixou de contar no resultado final.
Além disso, até o ano passado, a primeira fase e cada uma
das provas das cinco disciplinas
da segunda fase valiam um sexto da nota final. Redação e língua portuguesa -comuns a todos os candidatos- valiam, somadas, um terço (33%).
Agora, cada uma das cinco
disciplinas da segunda etapa
vale um quinto da nota final, de
forma que português e redação
valem dois quintos (40%).
Além do aumento do peso do
português na nota final, outra
alteração foi que, com o uso do
Enem, o vestibular da UFRJ
deixou de ser completamente
discursivo. A coordenação do
vestibular da UFRJ diz que já
enfrentava dificuldades em
manter apenas questões abertas em sua avaliação.
"Do ponto de vista acadêmico, ter apenas questões discursivas é algo louvável, mas é
também mais difícil. O Enem
veio em boa hora", diz Langlois.
Sem pegadinha
É o que também acha Felipe
Bravo, 18, aluno do colégio Ph e
candidato de engenharia de
produção. "O Enem é mais
tranquilo." Mas, quando o assunto é segunda fase, Felipe
não esconde a sua preocupação: "Vou passar o Ano-Novo
estudando", diz.
Com um número cada vez
maior de inscritos, a UFRJ tem
a tarefa de selecionar alunos
tanto para cursos muito concorridos quanto para os menos
e, por isso, o exame específico é
marcado pela existência de
questões dos três níveis de dificuldade: fáceis, médias e difíceis. "Nós precisamos diferir o
aluno nota 4 do aluno nota 5 e o
aluno nota 9 do aluno nota 10.
Por isso, se ao ler uma questão
o candidato achar que ela está
fácil, é porque ela é fácil mesmo. A prova da UFRJ não tem
pegadinha", diz o coordenador.
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