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CARREIRA
Hotelaria ganha espaço em bancos, hospitais e shoppings
Setor passará por forte expansão devido à Copa do Mundo e à Olimpíada
PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL
A atmosfera de glamour dos
saguões bem decorados e reluzentes, dos funcionários uniformizados e de todas as mordomias que os hotéis de luxo
oferecem pode atrair muita
gente para a carreira de hotelaria. Mas se engana quem acha
que esse mundo tão retratado
em filmes e novelas inclui uma
vida tranquila.
Quem escolhe estudar hotelaria terá muitos períodos de
férias, feriados e finais de semana destinados ao bem-estar e
lazer alheios.
Segundo Márcia Miyazaki,
coordenadora de desenvolvimento dos cursos de hotelaria
do Senac-SP, a principal característica que um aluno de hotelaria deve ter é gostar de servir.
"A hotelaria atrai muitos alunos que gostam de viajar, de conhecer culturas diferentes, de
não ter rotina e, principalmente, de receber bem o outro."
É exatamente essa vertente
ligada ao serviço que abriu as
possibilidades dos formados
em hotelaria, sejam tecnólogos
ou bacharéis. Recentemente,
diz Miyazaki, os profissionais
da área estão sendo requisitados não apenas nos tradicionais hotéis, resorts e flats.
O setor abrange agora empreendimentos e setores comerciais que oferecem serviço
de luxo a seus clientes, como
bancos, condomínios de alto
padrão, shoppings, clínicas de
estética e hospitais.
E não param por aí as novas
possibilidades para o setor hoteleiro. André Luiz Braun,
coordenador do curso de tecnólogo em hotelaria da Uninove, diz esperar uma forte expansão do mercado com a realização de grandes eventos esportivos no Brasil -a Copa do
Mundo e a Olimpíada- nos
próximos anos.
Prestes a se formar, Paula Kikuchi, 22, não tem medo do
mercado de trabalho. Cursando o oitavo período de hotelaria
do Senac-SP, ela estagia num
flat e acha que será efetivada.
Paula foi parar na hotelaria
meio por acaso. Ela ia prestar
vestibular para arquitetura,
mas achava que não era bem isso que queria. Ouviu falar em
hotelaria no cursinho e, pensando em dar um apoio ao bufê
que a mãe tem no interior de
São Paulo, resolveu arriscar.
Acertou na escolha e se realizou no curso desde o início. "A
hotelaria abriu um leque de opções do que eu podia fazer", diz.
Abriu tanto que hoje a ideia
inicial de ajudar no bufê da mãe
deu lugar ao desejo de enveredar para outras áreas do ramo.
"Descobri que gosto de consultoria hoteleira e da parte administrativa." Paula faz ainda outros planos para quando se formar: quer investir no seu inglês
para se tornar uma profissional
mais completa.
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