São Paulo, terça-feira, 24 de novembro de 2009
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CARREIRA

Hotelaria ganha espaço em bancos, hospitais e shoppings

Setor passará por forte expansão devido à Copa do Mundo e à Olimpíada

PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

A atmosfera de glamour dos saguões bem decorados e reluzentes, dos funcionários uniformizados e de todas as mordomias que os hotéis de luxo oferecem pode atrair muita gente para a carreira de hotelaria. Mas se engana quem acha que esse mundo tão retratado em filmes e novelas inclui uma vida tranquila.
Quem escolhe estudar hotelaria terá muitos períodos de férias, feriados e finais de semana destinados ao bem-estar e lazer alheios.
Segundo Márcia Miyazaki, coordenadora de desenvolvimento dos cursos de hotelaria do Senac-SP, a principal característica que um aluno de hotelaria deve ter é gostar de servir.
"A hotelaria atrai muitos alunos que gostam de viajar, de conhecer culturas diferentes, de não ter rotina e, principalmente, de receber bem o outro."
É exatamente essa vertente ligada ao serviço que abriu as possibilidades dos formados em hotelaria, sejam tecnólogos ou bacharéis. Recentemente, diz Miyazaki, os profissionais da área estão sendo requisitados não apenas nos tradicionais hotéis, resorts e flats.
O setor abrange agora empreendimentos e setores comerciais que oferecem serviço de luxo a seus clientes, como bancos, condomínios de alto padrão, shoppings, clínicas de estética e hospitais.
E não param por aí as novas possibilidades para o setor hoteleiro. André Luiz Braun, coordenador do curso de tecnólogo em hotelaria da Uninove, diz esperar uma forte expansão do mercado com a realização de grandes eventos esportivos no Brasil -a Copa do Mundo e a Olimpíada- nos próximos anos.
Prestes a se formar, Paula Kikuchi, 22, não tem medo do mercado de trabalho. Cursando o oitavo período de hotelaria do Senac-SP, ela estagia num flat e acha que será efetivada.
Paula foi parar na hotelaria meio por acaso. Ela ia prestar vestibular para arquitetura, mas achava que não era bem isso que queria. Ouviu falar em hotelaria no cursinho e, pensando em dar um apoio ao bufê que a mãe tem no interior de São Paulo, resolveu arriscar.
Acertou na escolha e se realizou no curso desde o início. "A hotelaria abriu um leque de opções do que eu podia fazer", diz.
Abriu tanto que hoje a ideia inicial de ajudar no bufê da mãe deu lugar ao desejo de enveredar para outras áreas do ramo. "Descobri que gosto de consultoria hoteleira e da parte administrativa." Paula faz ainda outros planos para quando se formar: quer investir no seu inglês para se tornar uma profissional mais completa.


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