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CARREIRA
Área empresarial é uma opção para quem se forma em RI
Alguns cursos têm matérias obrigatórias em negócios; em outros, são optativas
JULIANA CARIELLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Relações internacionais não
são sinônimo de Itamaraty. Os
profissionais da área também
podem atuar em empresas, ajudando-as a conquistar mercados no exterior, a construir
marcas sólidas, a cuidar de suas
relações com o governo e a
atrair compradores na Bolsa
para suas ações.
Tanto alunos de cursos de relações internacionais com foco
em negócios - como Anhembi,
ESPM e Faap- quanto com
formação mais sólida em ciências políticas -como PUC,
Unesp e USP- estão aptos a
trabalhar em corporações.
Todos os coordenadores das
faculdades acima citadas disseram que os formados em seus
cursos teriam condições de
atuar na área empresarial.
A diferença entre os dois tipos de curso é que instituições
como as três primeiras têm na
grade obrigatória matérias de
negócios, finanças ou marketing, enquanto em universidades como as três últimas essas
disciplinas podem ser cursadas
apenas entre as eletivas.
"O aluno, nos últimos semestres, pode escolher eletivas de
negócios, comércio. Antes disso irá ver política, história, sociologia e economia", diz o
coordenador do curso de RI da
PUC-SP, Reginaldo Mattar.
Na mesma direção de oferecer um curso "clássico em humanidades" está a Unesp.
"Optamos por um que não
priorizasse o caráter profissionalizante. Estágios servem para isso", diz o coordenador de
RI da Unesp em Franca (a 399
km de SP), Samuel Soares.
Já a coordenadora do curso
de RI da Anhembi, Thania
Lemke, defende uma formação
para o mercado e para a vida.
"O foco principal é desenvolver habilidades e competências
voltadas para o mercado de trabalho, devido à crescente demanda do setor de negócios, o
que nos faz incluir na grade
obrigatória matérias correlatas. Mas isso não nos impede
de oferecer uma formação
também para a vida."
Cientes das propostas variadas na área de RI, os coordenadores aconselham o jovem a se
informar sobre a grade curricular antes de fazer a opção.
"Como os cursos de RI no
Brasil não têm uma base curricular do MEC, é importante esse tipo de informação prévia",
aconselha a coordenadora de
RI da USP, Janina Onuki.
Natalie Leite, 21, escolheu a
Faap pelo foco empresarial dado ao curso de RI. Uma das matérias essenciais para seu estágio na Copen (Companhia Paulista de Energia) é a que explica
o mercado financeiro. "Aprender como funciona o mercado
financeiro é essencial, pois o
mercado de energia elétrica segue os mesmos fundamentos."
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