São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010
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Escolas tops dizem que prática é diferencial

Responsáveis por cursos atribuem qualidade a seus hospitais-escola

Também foram citadas boa proporção entre professores e alunos e dedicação de docentes ao atendimento público

Divulgação
Estudantes conhecem laboratório da UFRGS

PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO

O que faz as melhores escolas de medicina do país terem esse posto é, na opinião de quem as coordena, o contato com a rotina médica.
Por isso, professores responsáveis por cursos com nota máxima no Enade, o exame que mede a qualidade das graduações, apontaram especificamente seus hospitais-escola e a rede hospitalar que serve de campo de aprendizagem como fatores determinantes para a qualidade do ensino.
A USP, que não faz o Enade e é responsável pela escola conhecida como Pinheiros, foi além. Destacou que os médicos que forma têm acesso "ao maior hospital da América Latina", referindo-se ao Hospital das Clínicas.
Sem deixar de sublinhar seu complexo hospitalar e recursos tecnológicos, a Unicamp, que também não se submete à avaliação do MEC, se orgulha de mais de 50% de sua carga horária ser cumprida em aulas práticas.
A dedicação à prática também é um orgulho na UFRGS (federal do Rio Grande do Sul), onde o estágio ocupa dois terços do curso.
Para a UFCSPA (ciências da saúde de Porto Alegre), uma de suas maiores qualidades está na estrutura do curso, que permite ao aluno ser acompanhado de perto ao longo da graduação.
Na Uerj também. O professor Plínio José da Rocha, diretor da Faculdade de Ciências Médicas, ressalta a proporção privilegiada de 300 docentes para 600 alunos.
Conhecer as principais características das universidades pode ajudar na escolha dos alunos que passam em mais de uma instituição.
Felipe Franco da Graça, 18, teve que resolver esse "bom problema" no início do ano. Ele passou em medicina na Unicamp, na USP-Ribeirão, na Unesp e na UFSCar.
"Sempre soube que queria estudar na Unicamp", disse o calouro, que escolheu a estadual de Campinas por sua fama de ser "mais forte na parte científica". "Eles têm matéria de incentivo à pesquisa desde o primeiro ano."
Os responsáveis pelos cursos de UFSM (federal de Santa Maria, nota 5 no Enade), Unesp (nota 2) e UFSCar (sem nota) não responderam às perguntas da reportagem.


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