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Disputadíssima, UFSCar está sem hospital-escola
Obra não ficou pronta a tempo de receber a primeira turma do curso
Universidade, que não quis falar sobre o caso, procura opções de hospitais pelo Estado para firmar
convênio
DE SÃO PAULO
Quando a reportagem perguntou aos coordenadores
das medicinas mais cobiçadas do país qual era o determinante para a qualidade da
sua graduação, a maioria
apontou sua rede hospitalar.
É exatamente essa infraestrutura -ou a falta dela- o
calcanhar de aquiles do curso de medicina da UFSCar
(federal de São Carlos), um
dos mais disputados do país.
Com 172,58 candidatos
disputando cada uma das vagas no último vestibular, o
curso não tem um espaço de
prática para oferecer aos 33
alunos do quinto ano, quando começa o internato.
Nesse período, que termina no sexto e último ano de
graduação, os futuros médicos devem passar pela etapa
de estágio hospitalar obrigatório. Com a falta de lugar para estagiar, os alunos da primeira turma de medicina da
UFSCar estão sem aula prática desde o início deste mês.
No início do curso, em
março de 2006, a promessa
era que o hospital-escola municipal ficaria pronto para
que eles fizessem o internato.
Mas a obra atrasou e só deve
ficar pronta no fim do ano.
Paliativamente, os internos tiveram aula na Santa
Casa de São Carlos por um
mês, mas o convênio acabou
por falta de pagamento.
"Foi bastante difícil entrar
no curso. O que fica é um sentimento de decepção, tristeza, descaso. Principalmente
porque essa situação poderia
ter sido evitada", diz Paula
Rossi, 24, do quinto ano.
Agora, a UFSCar estuda
possibilidades de utilização
de hospitais espalhados pelo
Estado ou a reformulação do
convênio com a Santa Casa.
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