São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010
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Disputadíssima, UFSCar está sem hospital-escola

Obra não ficou pronta a tempo de receber a primeira turma do curso

Universidade, que não quis falar sobre o caso, procura opções de hospitais pelo Estado para firmar convênio

DE SÃO PAULO

Quando a reportagem perguntou aos coordenadores das medicinas mais cobiçadas do país qual era o determinante para a qualidade da sua graduação, a maioria apontou sua rede hospitalar.
É exatamente essa infraestrutura -ou a falta dela- o calcanhar de aquiles do curso de medicina da UFSCar (federal de São Carlos), um dos mais disputados do país.
Com 172,58 candidatos disputando cada uma das vagas no último vestibular, o curso não tem um espaço de prática para oferecer aos 33 alunos do quinto ano, quando começa o internato.
Nesse período, que termina no sexto e último ano de graduação, os futuros médicos devem passar pela etapa de estágio hospitalar obrigatório. Com a falta de lugar para estagiar, os alunos da primeira turma de medicina da UFSCar estão sem aula prática desde o início deste mês.
No início do curso, em março de 2006, a promessa era que o hospital-escola municipal ficaria pronto para que eles fizessem o internato. Mas a obra atrasou e só deve ficar pronta no fim do ano.
Paliativamente, os internos tiveram aula na Santa Casa de São Carlos por um mês, mas o convênio acabou por falta de pagamento.
"Foi bastante difícil entrar no curso. O que fica é um sentimento de decepção, tristeza, descaso. Principalmente porque essa situação poderia ter sido evitada", diz Paula Rossi, 24, do quinto ano.
Agora, a UFSCar estuda possibilidades de utilização de hospitais espalhados pelo Estado ou a reformulação do convênio com a Santa Casa.


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