São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 2002
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Unesp, Unifesp e UFSCar não adotam listas de obras em seus vestibulares

DA REPORTAGEM LOCAL

A Vunesp (Fundação para o Vestibular da Unesp), responsável pelas provas da Unesp, da Unifesp e da UFSCar, não adota lista de leitura obrigatória. Segundo o diretor acadêmico da Vunesp, Fernando Prado, a instituição não recorre às listas porque teria de deixar de fora vários autores e escolas importantes, e a lista seria inevitavelmente "pobre".
"Nós também não queremos influenciar o ensino médio, dizendo o que deve ser lido ou não. Não é só a lista que deve ser discutida, mas várias obras importantes."
Já a vice-diretora da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, defende a adoção das listas para que os estudantes sejam obrigados a ler algumas obras literárias. "Além disso, é impossível fazer perguntas bem elaboradas sem um objeto definido. Sem a seleção das obras, correríamos o risco de cair na generalidade", disse ela.
Segundo Maria Thereza, a lista não é restrita, pois tenta abranger todas os períodos literários e as grandes obras da literatura. Ela explica que, para escolher os livros, inicialmente há uma relação de 50 obras, das quais se tenta extrair uma "espinha dorsal" da literatura em português.
A cada dois anos, essa lista de obras de leitura obrigatória tem uma alteração de dois livros. Para 2003, a mudança foi a retirada de "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, e de "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto.



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