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CARREIRA/GENÉTICA
PARA TRABALHAR NA ÁREA, ALUNO PODE CURSAR DESDE BIOLOGIA E QUÍMICA ATÉ AGRONOMIA E MEDICINA
Geneticista pode estudar animais, vegetais e vírus
LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL
As antigas civilizações grega e
egípcia utilizavam a biotecnologia na fabricação de vinhos,
queijos e cervejas. Primitivamente, usavam os processos de fermentação para obterem produtos
dos derivados da uva, do leite e da
cevada.
A partir da evolução do conhecimento científico sobre os micróbios, a utilização desses organismos foi ampliada para a produção das vacinas, dos antibióticos, dos hormônios e dos produtos e insumos para a indústria de
alimentos. Nos anos 50, com o esclarecimento do funcionamento
do código genético e da estrutura
dos ácidos nucléicos, os cientistas
começaram a entender como a informação genética é duplicada e
como é passada de geração a geração e a utilizar isso na produção.
Atualmente, as pesquisas sobre
os genes têm permitido avanços
na produção agrícola, com o melhoramento de culturas como soja, algodão e cana-de-açúcar.
A biotecnologia vegetal hoje
possibilita que sejam cultivadas
plantas com características específicas de qualidade e de rendimento. Ou, na pecuária, o desenvolvimento de linhagens mais
produtivas.
O geneticista pode estar envolvido com o estudo dos animais,
dos vegetais, das bactérias e dos
vírus. A sua formação acadêmica
também é diversa. Os profissionais podem ser graduados em
áreas como biologia, bioquímica,
medicina, veterinária, engenharia
florestal, química e agronomia.
Durante a graduação, os estudantes devem procurar estágios na
área de genética ou desenvolver
projetos de iniciação científica
nesse campo, ou, após a universidade, buscar um mestrado ou
doutorado em genética.
Genética humana
Não é apenas na área de alimentos que o geneticista encontra espaço. A genética humana pode estudar desde as questões sobre a
origem do homem até os temas
sobre o desenvolvimento de tratamentos de doenças genéticas.
Na área médica, o trabalho pode
incluir a criação de novas técnicas
de diagnóstico e novos métodos
para identificar portadores de
doenças genéticas (hereditárias
ou de má formação dos genes) e a
parte de pesquisa básica, responsável pela análise das funções dos
genes -o que terá um impacto
no futuro tratamento.
De acordo com Mayana Zatz,
diretora do Centro de Estudos do
Genoma Humano da USP, o desafio do geneticista da área de medicina não é mais descobrir como
a doença é transmitida, mas, sim,
como tratá-la.
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