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      São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2003
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CARREIRA/GENÉTICA

PARA TRABALHAR NA ÁREA, ALUNO PODE CURSAR DESDE BIOLOGIA E QUÍMICA ATÉ AGRONOMIA E MEDICINA

Geneticista pode estudar animais, vegetais e vírus

LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL

As antigas civilizações grega e egípcia utilizavam a biotecnologia na fabricação de vinhos, queijos e cervejas. Primitivamente, usavam os processos de fermentação para obterem produtos dos derivados da uva, do leite e da cevada.
A partir da evolução do conhecimento científico sobre os micróbios, a utilização desses organismos foi ampliada para a produção das vacinas, dos antibióticos, dos hormônios e dos produtos e insumos para a indústria de alimentos. Nos anos 50, com o esclarecimento do funcionamento do código genético e da estrutura dos ácidos nucléicos, os cientistas começaram a entender como a informação genética é duplicada e como é passada de geração a geração e a utilizar isso na produção.
Atualmente, as pesquisas sobre os genes têm permitido avanços na produção agrícola, com o melhoramento de culturas como soja, algodão e cana-de-açúcar.
A biotecnologia vegetal hoje possibilita que sejam cultivadas plantas com características específicas de qualidade e de rendimento. Ou, na pecuária, o desenvolvimento de linhagens mais produtivas.
O geneticista pode estar envolvido com o estudo dos animais, dos vegetais, das bactérias e dos vírus. A sua formação acadêmica também é diversa. Os profissionais podem ser graduados em áreas como biologia, bioquímica, medicina, veterinária, engenharia florestal, química e agronomia. Durante a graduação, os estudantes devem procurar estágios na área de genética ou desenvolver projetos de iniciação científica nesse campo, ou, após a universidade, buscar um mestrado ou doutorado em genética.

Genética humana
Não é apenas na área de alimentos que o geneticista encontra espaço. A genética humana pode estudar desde as questões sobre a origem do homem até os temas sobre o desenvolvimento de tratamentos de doenças genéticas.
Na área médica, o trabalho pode incluir a criação de novas técnicas de diagnóstico e novos métodos para identificar portadores de doenças genéticas (hereditárias ou de má formação dos genes) e a parte de pesquisa básica, responsável pela análise das funções dos genes -o que terá um impacto no futuro tratamento.
De acordo com Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP, o desafio do geneticista da área de medicina não é mais descobrir como a doença é transmitida, mas, sim, como tratá-la.


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