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NO EXTERIOR
Aulas cursadas em outro país valem créditos na graduação
Aluno pode passar um semestre ou mais completando o curso lá fora
DA REDAÇÃO
Cerca de 400 alunos da Universidade de São Paulo passaram um semestre ou mais estudando em faculdades de outros
países só em 2007. Da Anhembi
Morumbi, mais de 100. Mas por
que tanto interesse em completar parte da graduação no exterior? Entre muitos outros pontos, o estudante conhece uma
nova cultura, tem uma outra visão da carreira que escolheu e,
assim, fortalece sua formação.
O sistema é simples: uma vez
lá fora, cada disciplina que o
aluno cursa vale como créditos
para a faculdade no Brasil.
"O objetivo do intercâmbio é
que o aluno volte trazendo conhecimento para os outros",
diz Mariza Reis, assessora de
cooperação internacional do
Instituto Presbiteriano Mackenzie, que envia cerca de 50
alunos por semestre para estudar em uma das 29 faculdades
com que tem convênio -em
países como Portugal e França.
A decisão de ir deve ser muito
bem pensada, levando-se em
conta os prós e os contras. Sim,
também há contras -como a
saudade da família e dos amigos, os gastos e, em alguns casos, a necessidade de trabalhar
a contragosto.
Para Juliana Tofik Leal, 23,
aluna do Mackenzie, um dos
pontos negativos de sua estadia
de um ano em Portugal estudando arquitetura foi não ter
aprendido outra língua. "Mas
foi superproveitoso", diz ela.
"Conheci gente do mundo inteiro e vi um outro tipo de estudo de arquitetura. Lá as aulas
eram bem mais puxadas que as
daqui. Voltei sabendo mais."
Seleção
O processo de seleção dos
bolsistas é muito semelhante
na maioria das faculdades, particulares e públicas: ter completado no mínimo 20% dos
créditos, ter média geral alta,
ter poucas ou nenhuma reprovação e fazer uma entrevista.
Em alguns casos, há ainda uma
prova de língua estrangeira.
O preço da mensalidade pode
variar muito. Há casos em que o
aluno paga o valor da escola na
moeda estrangeira, outros em
que as escolas daqui conseguem descontos e outros em
que o curso é gratuito. Em algumas instituições, o custo do
curso no exterior é o mesmo
cobrado no Brasil.
Adaptação
Alguns alunos relatam que a
adaptação ao curso é muito difícil. A estudante Natalia Teixeira, que faz turismo na
Anhembi e passou seis meses
estudando na Espanha, conta
que as aulas lá eram mais puxadas. "Lá os professores trabalham muito com casos, aqui,
não. E toda hora tinha apresentação, eles forçam os alunos a
falar espanhol." Sobre a língua,
ela conta que saiu do Brasil com
o espanhol que tinha aprendido
na faculdade e voltou fluente.
"Fazer faculdade hoje em dia
está ficando popular, então fui
procurar um diferencial."
(LAS)
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