São Paulo, terça-feira, 29 de dezembro de 2009
  Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUVEST

Segundo dia deve trazer questões de nível básico

Aposta de cursinhos é que 3º dia, com menos questões, seja o mais difícil

Letícia Moreira/Folha Imagem
André, vestibulando de engenharia da computação, foca os estudos nas questões específicas

DA REPORTAGEM LOCAL

O vestibular da USP deste ano trouxe novidades e, com elas, dúvidas e incertezas. A perspectiva de ter que fazer prova de todas as disciplinas na segunda fase da USP pode ter assustado muitos candidatos ao longo do ano, mas, agora que a prova está tão próxima, a mensagem dos cursinhos aos alunos é de tranquilidade: o segundo dia do vestibular, que foi o mais modificado, não deve ser o mais exigente.
Pela proposta da Fuvest, o segundo dia passou a ter questões discursivas de todas as disciplinas do ensino médio, o que não acontecia até o ano passado.
"As questões do segundo dia devem cobrar conhecimentos básicos, com uma prova abrangente", diz Paulo Lima, coordenador do CPV, que acredita que a prova será igual a todas as carreiras -a Fuvest não confirma.
Mesmo assim, Priscilla Pizzarro Costa, 27, não quer bobear. Por isso, a aluna nem piscava e assentia com a cabeça, num sinal de que entendia a explicação, enquanto o professor de matemática resolvia uma questão de polinômio.
Priscilla concorre a uma vaga de letras na USP, mas resolveu assistir às aulas de matemática com a turma de candidatos às engenharias do cursinho Alferes. Pensando no segundo dia da Fuvest, ela organizou seu horário para reforçar as disciplinas em que tem mais dificuldade: matemática e física. "Estudar história e geografia é mais fácil, mais rápido e mais gostoso, mas não é suficiente."
O segundo dia tem ainda outra diferença em relação aos anos anteriores: a cobrança de inglês na segunda fase. Apesar de cursinhos apostarem em questões simples e com respostas em português, a Fuvest não confirma a língua na qual o aluno deve responder à questão.
Com a mudança do vestibular, Mauro Bertotti, coordenador do grupo de trabalho responsável pelo vestibular na USP, diz que foi dado o recado sobre o perfil do aluno que a universidade quer: "Alguém versátil, que saiba se expressar bem e capaz de lidar com áreas distintas", afirma o professor.
Heitor Pabon, 18, que presta engenharia naval, tem dedicado tempo às suas matérias não específicas, mas isso não lhe tira o sono. "Acho que o segundo dia será uma prova geral."
Já André Amorim, 18, candidato a engenharia da computação, foca os estudos nas disciplinas específicas. A preocupação de André se justifica, na opinião de Lima, do CPV. "Acreditamos que o maior desafio seja o terceiro dia."
Neste ano, André pretende aposentar a "tática" do ano passado, quando "caiu de paraquedas na segunda fase". Na ocasião, se não sabia resolver a questão, escrevia uma piada.
Fábio Rendelucci, coordenador do COC, lembra que, como a nota da primeira fase não conta mais no resultado final, todos os alunos estão em pé de igualdade. "Os alunos têm de lembrar que a pontuação zera, que não é mais como antes."


Texto Anterior: Desempenho: Fuvest só libera boletim individual em fevereiro
Próximo Texto: Fuvest: Pequenas atividades físicas podem melhorar desempenho nas provas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.