|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUVEST
Segundo dia deve trazer questões de nível básico
Aposta de cursinhos é que 3º dia, com menos questões, seja o mais difícil
Letícia Moreira/Folha Imagem
![](../images/f2912200901.jpg) |
|
André, vestibulando de engenharia da computação, foca os estudos nas questões específicas
DA REPORTAGEM LOCAL
O vestibular da USP deste
ano trouxe novidades e, com
elas, dúvidas e incertezas. A
perspectiva de ter que fazer
prova de todas as disciplinas na
segunda fase da USP pode ter
assustado muitos candidatos
ao longo do ano, mas, agora que
a prova está tão próxima, a
mensagem dos cursinhos aos
alunos é de tranquilidade: o segundo dia do vestibular, que foi
o mais modificado, não deve ser
o mais exigente.
Pela proposta da Fuvest, o segundo dia passou a ter questões
discursivas de todas as disciplinas do ensino médio, o que não
acontecia até o ano passado.
"As questões do segundo dia
devem cobrar conhecimentos
básicos, com uma prova abrangente", diz Paulo Lima, coordenador do CPV, que acredita que
a prova será igual a todas as carreiras -a Fuvest não confirma.
Mesmo assim, Priscilla Pizzarro Costa, 27, não quer bobear. Por isso, a aluna nem piscava e assentia com a cabeça,
num sinal de que entendia a explicação, enquanto o professor
de matemática resolvia uma
questão de polinômio.
Priscilla concorre a uma vaga
de letras na USP, mas resolveu
assistir às aulas de matemática
com a turma de candidatos às
engenharias do cursinho Alferes. Pensando no segundo dia
da Fuvest, ela organizou seu
horário para reforçar as disciplinas em que tem mais dificuldade: matemática e física. "Estudar história e geografia é
mais fácil, mais rápido e mais
gostoso, mas não é suficiente."
O segundo dia tem ainda outra diferença em relação aos
anos anteriores: a cobrança de
inglês na segunda fase. Apesar
de cursinhos apostarem em
questões simples e com respostas em português, a Fuvest não
confirma a língua na qual o aluno deve responder à questão.
Com a mudança do vestibular, Mauro Bertotti, coordenador do grupo de trabalho responsável pelo vestibular na
USP, diz que foi dado o recado
sobre o perfil do aluno que a
universidade quer: "Alguém
versátil, que saiba se expressar
bem e capaz de lidar com áreas
distintas", afirma o professor.
Heitor Pabon, 18, que presta
engenharia naval, tem dedicado tempo às suas matérias não
específicas, mas isso não lhe tira o sono. "Acho que o segundo
dia será uma prova geral."
Já André Amorim, 18, candidato a engenharia da computação, foca os estudos nas disciplinas específicas. A preocupação de André se justifica, na
opinião de Lima, do CPV.
"Acreditamos que o maior desafio seja o terceiro dia."
Neste ano, André pretende
aposentar a "tática" do ano passado, quando "caiu de paraquedas na segunda fase". Na ocasião, se não sabia resolver a
questão, escrevia uma piada.
Fábio Rendelucci, coordenador do COC, lembra que, como
a nota da primeira fase não
conta mais no resultado final,
todos os alunos estão em pé de
igualdade. "Os alunos têm de
lembrar que a pontuação zera,
que não é mais como antes."
Texto Anterior: Desempenho: Fuvest só libera boletim individual em fevereiro Próximo Texto: Fuvest: Pequenas atividades físicas podem melhorar desempenho nas provas Índice
|