Como todos os candidatos respondem às mesmas questões, estudante ganha mais se se dedicar ao que sabe menos

Marcelo Justo/Folhapress

Carolina Colombo, 19, aluna do Anglo

PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO

Nada de estudar só as disciplinas ligadas à sua área. Nos dias que antecedem a 2ª fase da Unesp, uma estratégia que pode ser mais proveitosa, dizem os cursinhos, é estudar as matérias sobre as quais se sabe menos.
A etapa específica da Unesp, que será no domingo e na segunda próximos, é igual para todos os candidatos, independentemente da carreira. Não há diferença nem de questões nem de pesos atribuídos às disciplinas.
Por isso, Gabriel Ferreira, coordenador do Primeiro de Maio, pré-vestibular mantido pela Faculdade de Engenharia da Unesp de Bauru, incentiva seus alunos a investir nas não específicas.
"Nas matérias que o aluno sabe, ele já vai ter um bom desempenho. As não específicas podem ser um diferencial", diz o professor.
Para Fábio Rendelucci, diretor do COC, há três tipos de disciplina: "As que o aluno domina; as que não entram na cabeça de jeito nenhum; e as que ele sabe, mas tem dúvidas". Não vale a pena perder tempo com as duas primeiras, mas com as últimas.
Carolina Colombo, 19, candidata a engenharia ambiental, tem noção disso e pretende reforçar seus estudos, nos últimos dias, nas matérias de humanas. Para ela, o exame da Unesp beneficia o aluno "menos bitolado".
"A universidade quer ter gente com conhecimento mais amplo. Acho legal porque eu não me interesso só por exatas", diz ela.
Pedro Lotfi, 20, que concorre com Carolina a uma vaga no mesmo curso, vê na sua base forte em história e geografia um trunfo. Até o ano passado, ele prestava para um curso de humanas.


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