LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL

A área de genética agrícola é um dos campos em expansão no mercado de trabalho do agrônomo e do engenheiro agrônomo. O profissional desenvolverá estudos de clonagem animal e vegetal, pesquisará o tratamento de doenças hereditárias e investigará o aperfeiçoamento de culturas.
Na Esalq-USP(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP), de Piracicaba, por exemplo, há cinco laboratórios que desenvolvem pesquisas para o projeto Genoma da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O objetivo dos trabalhos é mapear os genes de espécies de cultivo e de causadores de doenças do plantio. O caso mais célebre da área é o do genoma da Xylella fastidiosa -bactéria causadora do amarelinho e que ataca laranjais-, decifrado por uma rede de laboratórios organizada pela fundação.
Nesse campo, o graduado poderá participar de estudos sobre a produção de alimentos transgênicos -organismos que possuem em seu genoma um ou mais genes provenientes de outra espécie.
Os alunos dos cursos estudarão disciplinas de genética a partir do segundo ano da graduação. A especialização na área pode ser obtida pelo estudante a partir do terceiro ano, quando ele poderá escolher matérias referentes ao tema. As disciplinas optativas compõem, em geral, cerca de um terço da grade curricular. Cabe ao aluno selecionar a área com a qual possui maior afinidade.
No programa dos cursos, também há matérias relacionadas ao uso do solo, nas quais aprenderá sobre a fertilidade do terreno, o uso de adubos, a mibrobiologia de uma área e agentes poluidores. Terá ainda disciplinas como zootecnia, botânica, fitologia, economia e sociologia. Os primeiros dois anos serão destinados às matérias básicas, como química, física, matemática e biologia.

Exclusivo do engenheiro
Após a conclusão do curso de engenharia agrícola, o graduado deve se registrar no Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) para ser autorizado a trabalhar nas áreas relacionadas à engenharia. O profissional estará apto a desenvolver e a coordenar obras destinadas à produção rural. No campo da engenharia, o profissional não se limitará às construções prediais, de silos, de armazéns, de galinheiros ou de currais. Ele também desenvolverá projetos de irrigação e de aproveitamento de recursos hídricos.
O engenheiro agrônomo também terá conhecimento sobre os motores e a maquinaria. Será capaz de operar, fazer a manutenção ou propor soluções para defeitos e planejar equipamentos específicos dessa área.


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