São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Laudo sobre morte da cantora, no dia 29 de dezembro, foi divulgado ontem pelo Instituto Médico Legal do Rio
IML afirma que infarto matou Cássia Eller

FERNANDA DA ESCÓSSIA
MÁRIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

A cantora Cássia Eller morreu de infarto seguido de paradas cardíacas, informa o laudo final do IML (Instituto Médico Legal) sobre a causa da morte da cantora.
Como a Folha revelou na semana passada, os exames toxicológicos não encontraram no corpo da cantora resíduos de álcool nem drogas. Os exames toxicológicos foram realizados no sangue, nas vísceras e na urina da cantora.
Diante da negativa dos exames toxicológicos, o IML pediu então informações complementares à clínica Santa Maria, onde Cássia morreu no dia 29 de dezembro, para chegar a uma conclusão.
Com base nessas informações hospitalares e nos exames histopatológicos, foi dada a causa da morte.
Os exames histopatológicos revelaram que a cantora estava com problemas cardíacos, como uma coronarioesclerose leve (início de formação de trombos de gordura) e uma fibrose miocárdica (cicatrizes resultantes de outras lesões preexistentes).
Em depoimentos à polícia, os médicos que a atenderam na clínica contaram que ela teve pelo menos quatro grandes paradas cardíacas e que sempre foi muito difícil ressuscitá-la.
A polícia pedirá contraprova dos exames toxicológicos, pois o resultado negativo é contraditório com outros depoimentos, informando que ela teria usado drogas e álcool antes de morrer.
A idéia é fazer uma contraprova num laboratório com alto padrão de tecnologia, para saber se não seria possível detectar drogas já metabolizadas pelo organismo.
A companheira de Cássia Eller, Maria Eugênia, voltou ontem ao apartamento que dividia com a cantora, no Cosme Velho (zona sul do Rio).
Eugênia já havia dito que não se surpreendia com o resultado negativo dos exames toxicológicos. Ela já havia levantado a possibilidade de infarto, pois Cássia levava uma vida sedentária e tinha hábitos de risco, como o fumo.
Eugênia conseguiu na Justiça a guarda provisória de Chicão, filho de Cássia, mas o pai da cantora também está lutando pela tutela do menino. Por causa do processo movido por Altair Eller, Eugênia não pode se desfazer dos bens de Cássia.
O empresário de Cássia, Ronaldo Villas, também comemorou o resultado final. "Para mim, não foi surpresa. A gente sabia que a Cássia, em sua rotina recente, não estava usando drogas", afirmou.
O diretor da clínica Santa Maria, Mário Lúcio Heringer, foi procurado e não foi encontrado, assim como seu advogado, Luiz Marcelo Lubanco.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Roberto e Erasmo são condenados por plágio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.