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Laudo sobre morte da cantora, no dia 29 de dezembro, foi divulgado ontem pelo Instituto Médico Legal do Rio
IML afirma que infarto matou Cássia Eller
FERNANDA DA ESCÓSSIA
MÁRIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
A cantora Cássia Eller morreu
de infarto seguido de paradas cardíacas, informa o laudo final do
IML (Instituto Médico Legal) sobre a causa da morte da cantora.
Como a Folha revelou na semana passada, os exames toxicológicos não encontraram no corpo da
cantora resíduos de álcool nem
drogas. Os exames toxicológicos
foram realizados no sangue, nas
vísceras e na urina da cantora.
Diante da negativa dos exames
toxicológicos, o IML pediu então
informações complementares à
clínica Santa Maria, onde Cássia
morreu no dia 29 de dezembro,
para chegar a uma conclusão.
Com base nessas informações
hospitalares e nos exames histopatológicos, foi dada a causa da
morte.
Os exames histopatológicos revelaram que a cantora estava com
problemas cardíacos, como uma
coronarioesclerose leve (início de
formação de trombos de gordura)
e uma fibrose miocárdica (cicatrizes resultantes de outras lesões
preexistentes).
Em depoimentos à polícia, os
médicos que a atenderam na clínica contaram que ela teve pelo
menos quatro grandes paradas
cardíacas e que sempre foi muito
difícil ressuscitá-la.
A polícia pedirá contraprova
dos exames toxicológicos, pois o
resultado negativo é contraditório
com outros depoimentos, informando que ela teria usado drogas
e álcool antes de morrer.
A idéia é fazer uma contraprova
num laboratório com alto padrão
de tecnologia, para saber se não
seria possível detectar drogas já
metabolizadas pelo organismo.
A companheira de Cássia Eller,
Maria Eugênia, voltou ontem ao
apartamento que dividia com a
cantora, no Cosme Velho (zona
sul do Rio).
Eugênia já havia dito que não se
surpreendia com o resultado negativo dos exames toxicológicos.
Ela já havia levantado a possibilidade de infarto, pois Cássia levava
uma vida sedentária e tinha hábitos de risco, como o fumo.
Eugênia conseguiu na Justiça a
guarda provisória de Chicão, filho
de Cássia, mas o pai da cantora
também está lutando pela tutela
do menino. Por causa do processo movido por Altair Eller, Eugênia não pode se desfazer dos bens
de Cássia.
O empresário de Cássia, Ronaldo Villas, também comemorou o
resultado final. "Para mim, não
foi surpresa. A gente sabia que a
Cássia, em sua rotina recente, não
estava usando drogas", afirmou.
O diretor da clínica Santa Maria,
Mário Lúcio Heringer, foi procurado e não foi encontrado, assim
como seu advogado, Luiz Marcelo Lubanco.
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