São Paulo, segunda-feira, 01 de maio de 2000


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"Superdomingo" em SP atrai 170 mil pessoas

FÁTIMA GIGLIOTTI
da Redação

Pelo menos 170 mil pessoas aproveitaram o "superdomingo" cultural que agitou São Paulo, com três megaeventos: o show de MPB "Grande Encontro", a Mostra do Redescobrimento: Brasil + 500 e a 16ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Como a Mostra e a Bienal estão abertas hoje, o programa pode continuar no feriado. Rodrigo Soares, 26, e Fátima da Silva, 24, por exemplo, foram ontem à Bienal e planejam uma visita à Mostra hoje. "Nós não íamos viajar e decidimos aproveitar o fim-de-semana para ir aos eventos culturais da cidade", afirmou Soares.
Ontem, por volta das 11h, um ensolarado parque Ibirapuera recebeu mais de 70 mil pessoas, segundo a organização, para o show gratuito "Grande Encontro", que reuniu Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho. O evento inaugurou o projeto MPBol, do site Brasil On Line (www.bol.com.br).
O quarteto, que ficou no palco por três horas, reafirmou o sucesso do CD "Grande Encontro", gravado em 1996 e que ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas. Em maio, o MPBol já programou o show "Acústico" do Paralamas do Sucesso.
No parque, a transição da música para as artes plásticas era questão de alguns metros. A Mostra do Redescobrimento: Brasil + 500 ocupa os pavilhões da Bienal, Manoel da Nóbrega e Oca, antigo museu da Aeronáutica, também no Ibirapuera.
A Mostra, que traz 15 mil obras, reunidas em 13 módulos -como Arqueologia, Arte Afro-Brasileira e Arte Contemporânea- foi organizada pela Associação Brasil 500 Anos, entidade ligada à Fundação Bienal. A organização do evento não informou o número exato de visitantes.
O evento -que teve orçamento de R$ 40 milhões- prossegue até 7/9, e pode ser visitado de terça a sexta, das 14h às 22h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 22h. Os ingressos estão à venda pelo tel. 0800-780500.

Bienal, 100 mil
A 16ª Bienal Internacional do Livro, com 43 mil metros quadrados, recebeu cerca de 100 mil visitantes ontem, entre pagantes e profissionais, segundo José Henrique Grossi, vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do evento.
A homenagem ao indianista Orlando Villas-Boas, que está lançando no evento "A Arte dos Pajés - Impressões sobre o Universo Espiritual do Índio Xinguiano", um dos destaques de ontem, reuniu 180 pessoas no Salão de Idéias.
O sociólogo de massas Domenico de Masi, autor do polêmico conceito do ócio criativo, foi outra das atrações do evento. O americano Richard Bach provocou uma fila de 150 pessoas para os autógrafos de "Fora de Mim", seu mais recente lançamento.
"Eu vim de Cubatão só para assistir a palestra dele, mas quando soube dos autógrafos, já entrei na fila", disse a designer de interiores Edna Martins, 31, fã do livro "Fernão Capelo Gaivota", grande sucesso de Bach.
O trio de estudantes Wilson Grava, 18, Jander Ribeiro, 18, e Luiz Gustavo Oriani, 14, que já foram a várias edições da Bienal, acham o evento um "programão". Depois de quatro horas de visita, carregando sacolas de livros comprados nas mãos, eles só reclamaram da praça da alimentação. "É muito pequeno o espaço, não dá para todo mundo comer sentado."
O vice-presidente da CBL concorda: "Vendemos mais espaço do que o esperado, mas estamos pensando numa solução para o problema na próxima edição". A Bienal abre de segunda a sexta, das 10h às 22h, na Expocenter Norte (tel. 0/xx/11/283-1866).


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