|
Texto Anterior | Índice
"Superdomingo" em SP atrai 170 mil pessoas
FÁTIMA GIGLIOTTI
da Redação
Pelo menos 170 mil pessoas
aproveitaram o "superdomingo"
cultural que agitou São Paulo,
com três megaeventos: o show de
MPB "Grande Encontro", a Mostra do Redescobrimento: Brasil +
500 e a 16ª Bienal Internacional do
Livro de São Paulo.
Como a Mostra e a Bienal estão
abertas hoje, o programa pode
continuar no feriado. Rodrigo
Soares, 26, e Fátima da Silva, 24,
por exemplo, foram ontem à Bienal e planejam uma visita à Mostra hoje. "Nós não íamos viajar e
decidimos aproveitar o fim-de-semana para ir aos eventos culturais da cidade", afirmou Soares.
Ontem, por volta das 11h, um
ensolarado parque Ibirapuera recebeu mais de 70 mil pessoas, segundo a organização, para o show
gratuito "Grande Encontro", que
reuniu Geraldo Azevedo, Alceu
Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho. O evento inaugurou o
projeto MPBol, do site Brasil On
Line (www.bol.com.br).
O quarteto, que ficou no palco
por três horas, reafirmou o sucesso do CD "Grande Encontro",
gravado em 1996 e que ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas. Em maio, o MPBol
já programou o show "Acústico"
do Paralamas do Sucesso.
No parque, a transição da música para as artes plásticas era questão de alguns metros. A Mostra
do Redescobrimento: Brasil + 500
ocupa os pavilhões da Bienal, Manoel da Nóbrega e Oca, antigo
museu da Aeronáutica, também
no Ibirapuera.
A Mostra, que traz 15 mil obras,
reunidas em 13 módulos -como
Arqueologia, Arte Afro-Brasileira
e Arte Contemporânea- foi organizada pela Associação Brasil
500 Anos, entidade ligada à Fundação Bienal. A organização do
evento não informou o número
exato de visitantes.
O evento -que teve orçamento
de R$ 40 milhões- prossegue até
7/9, e pode ser visitado de terça a
sexta, das 14h às 22h, e sábados,
domingos e feriados, das 9h às
22h. Os ingressos estão à venda
pelo tel. 0800-780500.
Bienal, 100 mil
A 16ª Bienal Internacional do Livro, com 43 mil metros quadrados, recebeu cerca de 100 mil visitantes ontem, entre pagantes e
profissionais, segundo José Henrique Grossi, vice-presidente da
Câmara Brasileira do Livro
(CBL), organizadora do evento.
A homenagem ao indianista
Orlando Villas-Boas, que está lançando no evento "A Arte dos Pajés - Impressões sobre o Universo
Espiritual do Índio Xinguiano",
um dos destaques de ontem, reuniu 180 pessoas no Salão de Idéias.
O sociólogo de massas Domenico de Masi, autor do polêmico
conceito do ócio criativo, foi outra das atrações do evento. O
americano Richard Bach provocou uma fila de 150 pessoas para
os autógrafos de "Fora de Mim",
seu mais recente lançamento.
"Eu vim de Cubatão só para assistir a palestra dele, mas quando
soube dos autógrafos, já entrei na
fila", disse a designer de interiores
Edna Martins, 31, fã do livro "Fernão Capelo Gaivota", grande sucesso de Bach.
O trio de estudantes Wilson
Grava, 18, Jander Ribeiro, 18, e
Luiz Gustavo Oriani, 14, que já foram a várias edições da Bienal,
acham o evento um "programão". Depois de quatro horas de
visita, carregando sacolas de livros comprados nas mãos, eles só
reclamaram da praça da alimentação. "É muito pequeno o espaço, não dá para todo mundo comer sentado."
O vice-presidente da CBL concorda: "Vendemos mais espaço
do que o esperado, mas estamos
pensando numa solução para o
problema na próxima edição". A
Bienal abre de segunda a sexta,
das 10h às 22h, na Expocenter
Norte (tel. 0/xx/11/283-1866).
Texto Anterior: Obra de Dante é tema de exposições paralelas Índice
|