São Paulo, terça-feira, 01 de maio de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MÚSICA

Versão paulistana do projeto do CCBB dedica seu primeiro mês a alguns dos melhores conjuntos de sopros do país

Sujeito a Guincho abre Terças Musicais

IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Seguindo o exemplo do CCBB do Rio de Janeiro, o recém-inaugurado Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo também quer implantar uma programação musical de qualidade às terças-feiras.
Sempre em dois horários (12h30 e 18h30), as Terças Musicais do CCBB-SP começam com a série "Metal, Madeira, Arte e Ofício", que congrega alguns dos melhores conjuntos de sopros do país.
A primeira atração, hoje, é o quinteto de clarinetas Sujeito a Guincho, de São Paulo, existente há nove anos e que ganhou projeção ao vencer o 8º Prêmio Eldorado de Música, em 1995.
Devido ao primeiro prêmio obtido no concurso, o Sujeito a Guincho gravou um disco pelo selo Eldorado, que acabou vencendo o Prêmio Sharp na categoria de melhor grupo instrumental de 1996.
Entre os principais instrumentos de sopro, o último a ser incorporado às orquestras foi a clarineta -justamente aquele que, entre todos, possui a maior extensão de notas. Embora hoje a clarineta seja obrigatória em qualquer sinfônica digna do nome, não é todo dia que se ouvem cinco desses instrumentos tocando juntos.
Constituído de integrantes das principais orquestras paulistanas, o Sujeito a Guincho faz apresentações bem-humoradas, com um repertório bastante eclético, que vai desde um impagável arranjo de Luca Raele para o Hino Nacional Brasileiro até obras de Brahms ("Intermezzo op. 18 Nº 2", originalmente para piano solo) e Piazzolla ("Night Club 1960"), passando por Paulinho da Viola ("Choro Negro", em arranjo de Nelson Ayres) e Jacob do Bandolim ("Ginga do Mané", arranjada por Proveta).
Semana que vem, é a vez do Quinteto de Sopros de Curitiba -cujos membros, apesar do nome, tocam todos na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
Com oito anos de estrada e formado por cinco instrumentos diferentes (fagote, oboé, trompa, clarinete e flauta), o grupo interpreta obras de Radamés Gnattali ("Suíte para Quinteto de Sopros"), Julio Medaglia ("Suíte de Danças Brasileiras") e Ernesto Nazareth ("Dois Choros", "Sarambeque" e "Atrevidinha").
As apresentações do dia 15 ficam por conta do Art Metal Quinteto -formado no âmbito da Orquestra Sinfônica Brasileira, do Rio de Janeiro. Com dois CDs gravados e um terceiro a caminho, a formação (dois trompetes, uma trompa, um trombone e uma tuba) apresenta composições de Anacleto de Medeiros (tema de seu segundo disco), Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Pixinguinha.
Já que no dia 29 não há concerto, o último espetáculo do mês fica para o Grupo Brassil, no dia 22. Formado por professores do departamento de música da Universidade Federal da Paraíba, o quinteto de metais traz a São Paulo um programa constituído por arranjos de obras como "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, e "Bachianas Brasileiras Nº 5", de Villa-Lobos, entre outras.
O próximo projeto das Terças Musicais do CCBB-SP chama-se "A Magia dos Arcos e das Cordas" e reúne, ao longo do mês de junho, as seguintes atrações: Quarteto de Brasília, Sexteto da Osesp, Duo Cláudio Cruz-Andrei Tchekmazov e Quinteto D'Elas.

TERÇAS MUSICAIS - Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, tel. 0/xx/11/3113-3600).
Quando: ter, às 12h30 e às 18h30.
Quanto: R$ 6 (R$ 3 para estudantes).



Texto Anterior: Ruído: Trama desmonta selo
Próximo Texto: Prêmio: Troféu Juca Pato recebe inscrições
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.