|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MÚSICA
Versão paulistana do projeto do CCBB dedica seu primeiro mês a alguns dos melhores conjuntos de sopros do país
Sujeito a Guincho abre Terças Musicais
IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Seguindo o exemplo do CCBB
do Rio de Janeiro, o recém-inaugurado Centro Cultural Banco do
Brasil de São Paulo também quer
implantar uma programação musical de qualidade às terças-feiras.
Sempre em dois horários (12h30
e 18h30), as Terças Musicais do
CCBB-SP começam com a série
"Metal, Madeira, Arte e Ofício",
que congrega alguns dos melhores conjuntos de sopros do país.
A primeira atração, hoje, é o
quinteto de clarinetas Sujeito a
Guincho, de São Paulo, existente
há nove anos e que ganhou projeção ao vencer o 8º Prêmio Eldorado de Música, em 1995.
Devido ao primeiro prêmio obtido no concurso, o Sujeito a
Guincho gravou um disco pelo selo Eldorado, que acabou vencendo o Prêmio Sharp na categoria
de melhor grupo instrumental de
1996.
Entre os principais instrumentos de sopro, o último a ser incorporado às orquestras foi a clarineta -justamente aquele que, entre
todos, possui a maior extensão de
notas. Embora hoje a clarineta seja obrigatória em qualquer sinfônica digna do nome, não é todo
dia que se ouvem cinco desses
instrumentos tocando juntos.
Constituído de integrantes das
principais orquestras paulistanas,
o Sujeito a Guincho faz apresentações bem-humoradas, com um
repertório bastante eclético, que
vai desde um impagável arranjo
de Luca Raele para o Hino Nacional Brasileiro até obras de Brahms
("Intermezzo op. 18 Nº 2", originalmente para piano solo) e Piazzolla ("Night Club 1960"), passando por Paulinho da Viola ("Choro
Negro", em arranjo de Nelson Ayres) e Jacob do Bandolim ("Ginga
do Mané", arranjada por Proveta).
Semana que vem, é a vez do
Quinteto de Sopros de Curitiba
-cujos membros, apesar do nome, tocam todos na Orquestra
Sinfônica do Estado de São Paulo.
Com oito anos de estrada e formado por cinco instrumentos diferentes (fagote, oboé, trompa,
clarinete e flauta), o grupo interpreta obras de Radamés Gnattali
("Suíte para Quinteto de Sopros"), Julio Medaglia ("Suíte de
Danças Brasileiras") e Ernesto
Nazareth ("Dois Choros", "Sarambeque" e "Atrevidinha").
As apresentações do dia 15 ficam por conta do Art Metal Quinteto -formado no âmbito da Orquestra Sinfônica Brasileira, do
Rio de Janeiro. Com dois CDs gravados e um terceiro a caminho, a
formação (dois trompetes, uma
trompa, um trombone e uma tuba) apresenta composições de
Anacleto de Medeiros (tema de
seu segundo disco), Chiquinha
Gonzaga, Ernesto Nazareth e Pixinguinha.
Já que no dia 29 não há concerto, o último espetáculo do mês fica para o Grupo Brassil, no dia 22.
Formado por professores do departamento de música da Universidade Federal da Paraíba, o quinteto de metais traz a São Paulo um
programa constituído por arranjos de obras como "Aquarela do
Brasil", de Ary Barroso, e "Bachianas Brasileiras Nº 5", de Villa-Lobos, entre outras.
O próximo projeto das Terças
Musicais do CCBB-SP chama-se
"A Magia dos Arcos e das Cordas"
e reúne, ao longo do mês de junho, as seguintes atrações: Quarteto de Brasília, Sexteto da Osesp,
Duo Cláudio Cruz-Andrei Tchekmazov e Quinteto D'Elas.
TERÇAS MUSICAIS - Onde: Centro
Cultural Banco do Brasil (r. Álvares
Penteado, 112, tel. 0/xx/11/3113-3600).
Quando: ter, às 12h30 e às 18h30.
Quanto: R$ 6 (R$ 3 para estudantes).
Texto Anterior: Ruído: Trama desmonta selo Próximo Texto: Prêmio: Troféu Juca Pato recebe inscrições Índice
|