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FILMES
TV ABERTA
Pantera atinge seu ápice em "Um Tiro no Escuro"
Tudo por uma Esmeralda
Globo, 16h15.
(Romancing the Stone). EUA, 1984, 105
min. Direção: Robert Zemeckis. Com:
Michael Douglas, Kathleen Turner.
Kathleen é a fantasiosa romancista em
busca de amor. Enquanto busca a irmã
seqüestrada, ela se verá no caminho da
aventura e ao seu lado estará um homem
que ela não acha nem de longe que seja
de jogar fora. Ótima matinê.
Terremoto em Nova Iorque
Record, 22h45.
(Earthquake in New York). Canadá, 1998,
92 min. Direção: Terry Ingram. Com Greg
Evigan, Cynthia Gibb. Família que mora
em Los Angeles vive traumatizada
devido a morte de um filho em
terremoto. Anos depois do acidente, à
espera de um novo rebento, novo
terremoto ameaça acontecer.
Olhos Famintos
Globo, 23h.
(Jeepers Cleepers). EUA, 2001, 89 min.
Direção: Victor Salva. Com Gina Philips,
Justin Long. Ao voltarem para casa,
jovens irmãos deparam-se com
estranhos acontecimentos. Que, com o
tempo, mostrar-se-ão terríveis.
Produção de Francis Coppola para
diretor de filmes de terror tido como
acima da média. Os fãs devem conferir.
Inédito.
Um Tiro no Escuro
SBT, 23h45.
(A Shot in the Dark). EUA, 1964. Direção:
Blake Edwards. Com Peter Sellers, Elke
Sommer, George Sanders. Segundo
filme da série "A Pantera Cor-de-Rosa",
esta produção traz o atrapalhado
inspetor de polícia Clouseau tentando
desvendar um caso de série de
assassinatos no casarão de um
milionário. Enquanto não conclui nada,
ele se apaixona pela principal suspeita
dos crimes.
Babe Ruth, a Lenda do Beisebol
SBT, 2h.
(Babe Ruth). EUA, 1996. Direção: Mark
Tinker. Com Stephen Lang, Donald
Mofat. Vida e obra de Babe Ruth, um dos
maiores jogadores de beisebol dos EUA
em todos os tempos. Mas o essencial,
para o filme, é sua personalidade
controversa.
A Sedução de Sara
Bandeirantes,2h.
(Romancing Sara). EUA, 1994, 84 min.
Direção: Lawrence Unger. Com Bobby
Allen, Taylor Caliban. Rapaz nos seus 20
anos e moça nos 30 conhecem-se na
praia, sentem-se atraídos mutuamente e
mandam bala. Raspa de tacho do
erotismo.
Dois Tiras Infernais
Globo, 2h35.
(Downtown). EUA, 1990, 96 min.
Direção: Richard Benjamin. Com
Anthony Edwards, Forest Whitaker,
Penelope Ann Miller. Depois que
enquadra um figurão, policial é
mandado para as calendas, trabalhar em
distrito barra-pesada. Não será fácil se
adaptar à situação, nem a seu novo
colega (Whitaker), nesta comédia
policial.
Moby Dick
SBT, 3h45.
Austrália/Inglaterra, 1998, 180 min.
Direção: Franc Roddam. Com Patrick
Stewart, Henry Thomas, Gregory Peck.
Adaptação para TV do célebre romance
de Herman Melville sobre a luta do
capitão Ahab com a enorme baleia
branca, sua obsessão. A história é dessas
em que, mesmo o filme não sendo uma
obra-prima, o espectador é levado por
sua força. E Franc Roddam teve o bom
senso de dar um papel a Gregory Peck,
que fez Ahab no filme de 1956.
(IA)
TV PAGA
"O Ano Passado em Marienbad" envelheceu mal
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Alguém diz que, quando "O
Ano Passado em Marienbad" estreou em São Paulo, Jean-Claude Bernardet, o mais respeitado dos jovens críticos na cidade
no começo dos anos 60, foi visto,
após sair do cinema, sentado na
calçada, chorando.
Nunca tirei a história a limpo.
Mas é certo que a emoção de "Marienbad" em tempos idos era digna mesmo desse tipo de reação.
Por que chorar? Talvez porque, a
uma primeira abordagem, aquilo
não parecesse compreensível.
Talvez por conta do impacto estético do filme, que foi enorme. Talvez tudo tenha sido apenas a imaginação de alguém.
O fato é que o filme que Alain
Resnais dirigiu a partir do roteiro
de Alain Robbe-Grillet contraria
tudo que se poderia esperar, naquela altura, em matéria de narrativa. E olha que era o tempo de todas as experiências narrativas, as
godardianas e as antonionianas.
Mas Resnais saiu-se com a história de um estranho triângulo
amoroso numa estação de águas.
Logo de início, a câmera penetra
pelos corredores e salões de um
hotel, que a voz off descreve. Depois de muito andar, o mesmo
discurso é assumido por um ator
e percebemos que estamos em
um teatro. Mas aí já não sabemos
se estivemos sempre acompanhando a voz do ator no teatro, ou
se a o ator assumiu o discurso da
voz off.
Talvez seja pior: talvez a voz off
seja de um ano, e o teatro, uma
lembrança do ano passado, ou de
qualquer outro ano. Os referenciais de tempo, e os de espaço por
conseguinte, são amplamente
subvertidos. De tal modo que
quem quiser compreendê-lo racionalmente ("ah, isso aconteceu
antes ou depois daquilo") vai se
dar mal.
É como se o filme seguisse o fluxo de consciência de um amoroso: passado, presente, repetições,
imagens-fetiche, tudo isso está lá.
Uma pena: a música ajudou o
filme a envelhecer muito e mal.
O ANO PASSADO EM MARIENBAD.
Quando: hoje, às 22h, no Telecine Classic.
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