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Crítica
Faroeste de Mann resiste a título brasileiro
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Ao contrário do que se supõe,
muitas vezes os títulos brasileiros de filmes são melhores do
que os originais, ou pelo menos
mais adaptados à nossa forma
de ver o mundo. Exemplo: "Assim Caminha a Humanidade"
não é melhor que "gigante", a
tradução literal de "Giant"? E
"Sangue de Pantera" não cai como uma luva como tradução
para "Cat People"?
Agora, as mancadas também
são homéricas: "Um Certo Capitão Lockhart" (TCM, 22h)
ganharia em todos os sentidos
caso se chamasse, mais modestamente, "O Homem de Laramie". Não só existe aí um certo
mistério como tem a enorme
vantagem de não revelar, justamente, o nome e a patente do
herói do filme, que ele só libera
no final.
O título é um desastre, até
por contrariar tudo o que o filme busca construir. Mas este
faroeste resiste bravamente a
esse tipo de maltrato porque ali
está a sólida parceria de dois
bambas do Oeste: Anthony
Mann, diretor, e James Stewart, ator.
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