São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2008

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Crítica

Faroeste de Mann resiste a título brasileiro

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Ao contrário do que se supõe, muitas vezes os títulos brasileiros de filmes são melhores do que os originais, ou pelo menos mais adaptados à nossa forma de ver o mundo. Exemplo: "Assim Caminha a Humanidade" não é melhor que "gigante", a tradução literal de "Giant"? E "Sangue de Pantera" não cai como uma luva como tradução para "Cat People"?
Agora, as mancadas também são homéricas: "Um Certo Capitão Lockhart" (TCM, 22h) ganharia em todos os sentidos caso se chamasse, mais modestamente, "O Homem de Laramie". Não só existe aí um certo mistério como tem a enorme vantagem de não revelar, justamente, o nome e a patente do herói do filme, que ele só libera no final.
O título é um desastre, até por contrariar tudo o que o filme busca construir. Mas este faroeste resiste bravamente a esse tipo de maltrato porque ali está a sólida parceria de dois bambas do Oeste: Anthony Mann, diretor, e James Stewart, ator.


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