São Paulo, domingo, 01 de maio de 2011

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"Natália" mostra classe C sem julgamentos

MARCELO BORTOLOTI
DO RIO

Natália, uma jovem negra que mora no subúrbio do Rio, interpretada por Aisha Jambo, vive um dilema. Filha de pastor evangélico e noiva de um jovem da igreja, ela precisa se decidir entre respeitar os valores tradicionais da sua família ou ficar com um emprego de modelo, carreira considerada uma blasfêmia pelo pai. O conflito, que é o fio condutor da minissérie "Natália" -primeira incursão da TV Brasil na teledramaturgia-, serve também para apresentar um embate social sob o ponto de vista da classe C. Com 13 episódios e custo de R$ 2,6 milhões, foi rodada em película com produção da Academia de Filmes, os mesmos da série "Amor em Quatro Atos", da Globo. Embora o projeto de fazer um programa voltado para determinada classe social tenha um ranço de dirigismo cultural, a série tem o mérito de apresentar a realidade sem julgamentos nem estereótipos. Não se trata daquele subúrbio romantizado que aparece nos núcleos secundários das novelas globais, nem de visão engajada onde a periferia é vítima da violência e da exclusão. Mas da vida de quem pega o trem na Central do Brasil, frequenta cultos evangélicos e sonha com a sorte grande. De olho na audiência, o programa também toca em temas mais polêmicos e mostra um beijo gay.

NA TV
Natália
Estreia da série
QUANDO aos domingos, 22h30, na TV Brasil
CLASSIFICAÇÃO 16 anos



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